Déficit comercial das autopeças chega a US$ 6,8 bilhões

AutoIndústria

 

A indústria de autopeças segue ampliando o déficit da sua balança comercial. Dados publicados pelo Sindipeças em seu site indicam um saldo negativo de US$ 6,8 bilhões no acumulado até agosto, com alta de 285,4% em relação ao registrado no mesmo período de 2020, que ficou em US$ 1,78 milhão. Ou seja, o valor quase quadruplicou.

 

As exportações crescem no ano, mas em índice bem inferior ao das importações. As vendas externas totalizaram US$ 4,3 bilhões nos primeiros oito meses do ano, ante os US$ 3,35 bilhões de idêntico intervalo do ano passado. As compras no exterior, no entanto, registram expansão de 119,3% no mesmo comparativo, atingindo US$ 11,2 bilhões este ano contra os US$ 5,3 bilhões no mesmo acumulado de 2020.

 

Em sua análise da balança comercial, o Sindipeças ressalta o fato de as importações estarem em alta a despeito das restrições na oferta global de insumos e componentes, principalmente eletrônicos. As montadoras brasileiras têm enfrentado paralisações parciais ou totais por causa desse problema. Em agosto, por exemplo, segundo informações da Anfavea, 11 fábricas foram afetadas.

 

Em agosto, particularmente, as exportações atingiram US$ US$ 621,8 milhões e as importações chegaram a US$ 1,54 bilhão, o triplo do registrado em idêntico mês do ano passado. No mês, portanto, o déficit comercial superou US$ 920 milhões.

 

Para as exportações, segundo o Sindipeças, Argentina, Estados Unidos e México permaneceram como principais mercados de destino. Para as importações, China, Alemanha e Estados Unidos representam os maiores parceiros para as compras ao longo deste ano. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)