Ritmo de alta do mercado de veículos leves segue desacelerando

AutoIndústria

 

Com desempenho prejudicado por causa da falta de produtos decorrente da escassez de semicondutores, a expansão do mercado de automóveis e comerciais leves no acumulado do ano vem desacelerando mês a mês. O crescimento, que no semestre esteva em 32%, fechou agosto com índice de 20,7% e a Fenabrave mantém projeção de alta de apenas 10,7% para o acumulado até dezembro.

 

“O ritmo dos emplacamentos está sendo ditado pela capacidade de entrega das montadoras, que ainda sofrem com a escassez de componentes, principalmente semicondutores”, comentou o presidente da entidade, Alarico Assumpção Júnior, nesta quinta-feira, 2, por ocasião da divulgação do balanço mensal e anual do setor. “O prazo de entrega se tornou mais longo por conta das dificuldades da indústria”.

 

Foram 1.327,535 emplacamentos de veículos leves no acumulado dos primeiros oito meses, ante total de 1.099.752 do mesmo período de 2020. Persistem as filas de espera pelos mais variados modelos nas redes de concessionárias e, segundo Assumpção Júnior, boa parte dos licenciamentos de agosto foram relativos a vendas efetivadas em julho.

 

A Volkswagen, por exemplo, informou que não coloca o Nivus no seu programa de assinatura, que acaba de ser estendido para todo o território nacional, porque não há produtos para pronta entrega na rede da marca e a opção, no momento, é por privilegiar o consumidor do varejo.

 

Em agosto foram comercializadas 158,5 mil unidades, o que representou queda de 2,4% sobre as 162,4 mil do mês anterior. Com relação ao mesmo mês de 2020, quando foram emplacados 173,5 mil automóveis e comerciais leves, o recuo é ainda maior, na faixa de 8,6%. O desempenho negativo deve-se exclusivamente à falta de produtos, visto que a demanda se mantém aquecida.

 

Segundo o presidente da Fenabrave, o índice de aprovação de crédito, pelos bancos, é de 6,8 cadastros a cada dez enviados. “Há boa disponibilidade de crédito e as instituições financeiras se mantêm criteriosas em suas análises”,

finaliza. (AutoIndústria)