Imune até agora à escassez de chips, Toyota para por falta de peça para freios

O Estado de S. Paulo

 

A Toyota vai interromper a produção de duas fábricas em São Paulo por dez dias. O problema não são os semicondutores. A montadora japonesa recebe atuadores da Malásia, componente usado nos freios dos automóveis, mas a fornecedora está em lockdown em razão do aumento de casos de covid-19.

 

Ao contrário da maioria das outras fabricantes, a Toyota até agora não precisou fazer nenhuma paralisação por causa dos semicondutores.

 

Em nota, a empresa informou nesta ontem, quarta-feira, 11, que, apesar de todos os esforços realizados ao longo do tempo para gerenciar a falta de insumos que afeta a cadeia de suprimentos global, provocada pela pandemia, “nesse momento uma parada é inevitável”.

 

Ficarão paralisadas a partir do dia 18 as fábricas de Sorocaba – onde são produzidos os modelos Yaris, Corolla Cross e Etios para exportação – e a de motores em Porto Feliz, que fabrica motores para toda a gama de produtos da marca.

 

Os funcionários da área produtiva entrarão em férias coletivas e o retorno está programado para o dia 30. As outras duas fábricas, em São Bernardo do Campo e Indaiatuba, permanecem com atividades normais.

 

Por causa da falta de semicondutores estão paradas atualmente as plantas de automóveis da Renault no Paraná (retornam dia 30), da General Motors no Rio Grande do Sul (retorno dia 16) e de São Caetano do Sul, no ABC paulista (retorno dia 26).

 

Já a Volkswagen opera em apenas um turno na unidade de São Bernardo do Campo até o fim do mês. (O Estado de S. Paulo/Cleide Silva)