Mercedes-Benz acelera investimentos para se tornar uma marca elétrica

AutoIndústria

 

Depois de anos de contidas ações em veículos elétricos, a Mercedes-Benz agora se rendeu integralmente à tecnologia e definitivamente coloca o pé no acelerador de sua estratégia para o segmento.

 

Nesta última quinta-feira, 22, a montadora alemã anunciou que antecipará seus programas de desenvolvimento e produção. Em 2025, perto da 50% das vendas da empresa serão de modelos movidos a bateria, contra 25% projetados anteriormente para o mesmo prazo.

 

Já a partir do ano que vem a marca terá BEVs, veículos elétricos a bateria na sigla em inglês, em todos os segmentos – e oito deles serão produzidos em sete locais e em três continentes.

 

O esforço para se manter como uma das protagonistas mundiais entre as marcas de luxo exigirá uma forte realocação de investimentos. De 2022 a 2030, quando a montadora projeta estar produzindo exclusivamente modelos a bateria, serão destinados a pesquisa e desenvolvimento desses produtos e suas tecnologias cerca de € 40 bilhões.

 

“A mudança para veículos elétricos está ganhando velocidade, especialmente no segmento de luxo. O ponto de inflexão está se aproximando e estaremos prontos à medida que os mercados mudarem para a eletricidade”, afirmou Ola Källenius, CEO da Daimler AG e Mercedes-Benz AG.

 

Em 2025 três plataformas exclusivamente elétricas dominarão a produção da marca alemã. A MB.EA dará origem a todos os carros de médio e grande porte, a AMG.EA, aos modelos de alto desempenho, e a VAN.EA inaugurará uma nova geração de veículos comerciais leves.

 

A montadora também aumentará a verticalização de sua produção, internalizando, por meio de aquisições e parcerias, as tecnologias essenciais para a mobilidade elétrica.

 

Como parte dessa estratégia está a instalação de oito gigafábricas de células conjuntamente com outras empresas europeias, além da já planejada rede de nove fábricas dedicadas à construção de sistemas de baterias.

 

A Mercedes-Benz também trabalha na definição de novos padrões de carregamento. O “Plug & Charge”, que entrará em operação ainda este ano, permitirá que os clientes conectem, carreguem e desconectem sem a necessidade de etapas extras para autenticação e processamento de pagamento.

 

Outra frente para assegurar carregamento facilitado da frota é a parceria com Shell, que terá mais de 30 mil pontos de carga até 2025 na Europa, China e América do Norte, incluindo mais de 10 mil carregadores de alta potência em todo o mundo. (AutoIndústria/George Guimarães)