O Estado de S. Paulo
Depois de ter recuado em março (queda de 1,61%), pressionada pela segunda onda da pandemia do novo coronavírus, a atividade econômica reagiu no País. O Índice de Atividade do Banco Central (IBC-BR), divulgado ontem, subiu 0,44% em abril. Os porcentuais já foram ajustados sazonalmente, o que permite a comparação entre meses diferentes.
Com a escalada dos casos de contaminação e mortes por covid-19 no início de 2021, governos estaduais e municipais voltaram a adotar restrições para circulação de pessoas e funcionamento do comércio em várias regiões do País. Com os bloqueios, a atividade econômica também foi afetada, o que levou o IBC-BR a interromper, em março, uma série de dez meses consecutivos de alta. Em abril, porém, o indicador voltou ao território positivo.
O índice de atividade calculado pelo Banco Central passou de 139,04 pontos, em março, para 139,65 pontos em abril na série livre dos efeitos sazonais.
Conhecido como uma espécie de “prévia do BC para o PIB”, o IBC-BR serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.
O desempenho da atividade econômica será um dos fatores a serem levados em conta pelo BC amanhã, quando a instituição decidirá sobre o novo patamar da taxa básica de juros, hoje em 3,5% ao ano. Com a inflação pressionada, a expectativa do mercado é de que o BC promova novo aumento de 0,75 ponto porcentual, para 4,25% ao ano. (O Estado de S. Paulo/Fabrício de Castro)