Afinal, o que é melhor: direção hidráulica ou elétrica?

Portal Autoo

 

A direção com assistência elétrica passou de vilã para mocinha na última década. Se na sua estreia, o sistema era considerado artificial e incômodo, hoje em dia praticamente todos os veículos novos de passeio aderiram à tecnologia.

 

A razão para isso é simples: economia para as montadoras. Sim porque o sistema elétrico é bem mais simples e sobretudo leve a ponto de reduzir o consumo de combustível do automóvel. Sem uma bomba que injeta o fluído hidráulico e rouba energia do motor, o resultado é mais foco no desempenho do veículo.

 

Mas e para nós, consumidores, ela vale a pena? A resposta nesse caso depende do modelo em questão. Se você, por exemplo, está de olho num Fiat Stilo ou num Citroën C3 de primeira geração certamente vai lamentar a direção elétrica.

 

Esses carros estão entre os primeiros a adotar esse sistema e por isso carecem de ajustes mais precisos. Mas está aí a beleza da direção elétrica, o fato de que ela pode ser aprimorada com o passar do tempo.

 

Qual a diferença entre direção hidráulica e elétrica?

 

A grosso modo, a direção hidráulica utiliza um fluído para aliviar a força que fazemos no volante por meio da pressão exercida por uma bomba hidráulica, daí o nome. Como ela apenas tira peso da direção a sensação é de que você está de fato no controle do carro.

 

Já a direção elétrica é um sistema mais simples em que um motor elétrico faz o papel de alívio no volante. Como pode ser ajustado com facilidade, esse recurso utiliza mapeamentos de um software para ampliar ou reduzir sua atuação em regimes diferentes – mais leve em manobras, mais rígida em estradas.

 

No começo, no entanto, essa programação era bastante rudimentar e acaba criando uma experiência bastante estranha ao volante. Hoje em dia, no entanto, a direção elétrica evoluiu a ponto de não ser tão perceptível diferenciar um sistema do outro.

 

Manutenção mais barata

 

Assim como os carros movidos a bateria, também a direção elétrica exige menos manutenção por conta da simplicidade comparada ao sistema hidráulico. Isso se reflete no bolso do motorista também.

 

Existem outros tipos de direção?

 

Sim, alguns carros por exemplo são equipados com sistemas eletro-hidráulicos, uma espécie de híbrido em que o motor elétrico toma o lugar da bomba hidráulica na hora de colocar pressão de fluído no sistema.

 

Mas é a tecnologia Steer-By-Wire que promete revolucionar a direção dos automóveis. Trata-se de uma solução já vista na aviação como nos jatos da Airbus e seus manches em formato de joystick. Embora seja uma tecnologia antiga, até hoje não foi aplicada de forma industrial no mercado.

 

A Toyota é uma das marcas que aposta nesse recurso em sua inédita linha de veículos elétricos “beyond Zero”. O SUV bZ4X, por exemplo, é equipado com a direção, cuja diferença é o fato de não haver conexão com o eixo do carro.

 

Sim, é isso mesmo que você leu. O volante em forma de manche apenas serve para que um software capte os movimentos feitos pelo motorista para então interpretar essa reação e enviá-la para as rodas.

 

A vantagem desse sistema é poder atuar de forma automática em situações de emergência como por exemplo num evento em que o motorista reage de forma errônea em uma curva. A tecnologia autônoma então faz uso de sensores para determinar qual a melhor atitude para seguir a viagem em segurança.

 

É claro que o Steer-By-Wire roubará nosso domínio do automóvel e certamente causará polêmica antes de se tornar padrão na indústria, mas até lá podemos nos preocupar apenas em encontrar um carro cuja direção, elétrica ou hidráulica, reflita da melhor forma nossos desejos. (Portal Autoo)