Jornal do Carro
Com preços a partir de R$ 59.460 e R$ 84.370, os modelos Joy (Onix com carroceria antiga) e Spin passam a fazer parte de uma nova modalidade de financiamento lançada pela Chevrolet Serviços Financeiros. Tanto o hatch quanto a minivan podem, desde a última semana, ser pagos em até 72 meses. O serviço vale para modelos novos na modalidade de CDC (Crédito Direto ao Consumidor). É necessário dar entrada de 20% do valor.
Válidas para pessoas físicas e jurídicas, a ação da marca – que abrange toda a rede de concessionários no Brasil – permite a inclusão do valor do seguro do veículo, bem como da documentação no financiamento. Segundo a empresa, até mesmo acessórios originais podem ser inclusos no pacote.
Novidade da Chevrolet vale a pena?
Num cenário em que a pandemia imposta pela Covid-19 espantou o consumidor com renda mais baixa, as montadoras tentam reconquistar o cliente. E, assim, movimentar o mercado. “A principal vantagem deste lançamento é a possibilidade de realizar o sonho de adquirir um veículo Chevrolet zero-km”, afirma Paulo Noman, presidente da Chevrolet Serviços Financeiros e Consórcio.
Se por um lado, o cliente tem a regalia das parcelas reduzidas e fixas – que possibilita melhor planejamento financeiro -, por outro, se faz necessário analisar cada ponto do contrato. É fundamental entender se, portanto, a dívida cabe no bolso. Especialistas do setor alertam que é imprescindível prestar atenção nas taxas de juros praticadas.
No caso dessa modalidade de longo prazo da Chevrolet, as taxas de juros podem variar de acordo com a região do País, informa a assessoria da Chevrolet Serviços Financeiros. Para ter uma base, o Jornal do Carro entrou em contato com algumas revendas da capital paulista. E constatou taxa praticada de 1,8% ao mês. Ou seja, no final do contrato, quem comprar o hatch de entrada acaba pagando quase R$ 110 mil. Nesse sentido, as parcelas ficariam em torno de R$ 1.500.
Prós e contras
“É praticamente uma casa própria (pagar o carro em seis anos). Por isso é preciso fazer a conta de todos os custos, que vão além das parcelas”, afirma Paulo Garbossa, consultor da ADK Automotive. Para ele, este é um bom momento para fechar contrato com parcelas fixas. Afinal, a alta da taxa Selic (3,5% ao ano, em maio), invariavelmente, vai puxar os juros para cima. E, consequentemente, encarecer os financiamentos.
Na opinião do consultor Fernando Trujillo, da IHS Markit, “a Chevrolet está fazendo com que a parcela caiba no bolso do consumidor, principalmente, para carro de entrada e de serviços, como aplicativos e táxis”.
Sobre a questão do valor final que o comprador pagará pelo carro, Trujillo afirma que o histórico do consumidor brasileiro revela que o mais importante é o valor da parcela. Ou seja, esse perfil de cliente, que compra modelos de entrada, não costuma levar em consideração o valor final do veículo. Prática que, no entanto, não é recomendável pelos especialistas. (Jornal do Carro)