Tracker, 100 mil unidades produzidas

Portal Terra 

 

A General Motors comemora uma marca importante para o Chevrolet Tracker: 100 mil unidades produzidas em São Caetano do Sul (SP). O feito acontece cerca de um ano após o lançamento. Segundo a GM, o novo Tracker pode ser considerado um sucesso e os números comprovam isso. Mas será que o carro fez por merecer essa marca?

 

Para responder a essa pergunta, é preciso saber o que havia antes do Tracker na linha Chevrolet. Bem, havia outro Tracker. Só que aquele era importado. Tinha motor turbo também (1.4 de 153 cv), mas o consumo era seu ponto fraco. Segundo o Inmetro, o modelo tinha nota C na comparação absoluta geral e nota D relativa à categoria. A carroceria também deixava um pouco a desejar, por isso o velho Tracker não era competitivo na categoria de SUV compacto.

 

O novo Chevrolet Tracker mudou tudo isso. Especialmente na versão topo de linha, Premier 1.2 Turbo, o novo Chevrolet Tracker pode ser considerado a ousadia em forma de SUV. Seu design é impecável. Ficou tão bom quanto o Onix Plus e até melhor do que o Onix hatch.

 

Curiosamente, o novo Tracker nem sequer tem os melhores atributos de SUV. É baixo, mais baixo do que outros “utilitários esportivos” do mercado, mas aí está sua diferença. O Tracker tem a alma de um SUV, mas sua dirigibilidade é mais próxima de um hatch. Para quem gosta de domar o carro, possuí-lo na estrada, tanto melhor quanto mais rente ao chão.

 

Esta nova geração do Tracker, que fez a antiga ser rapidamente esquecida, conquista inicialmente por suas curvas, suas linhas, seus vincos, suas protuberâncias, seu jogo de luzes e sombras na carroceria insinuante. Mas ele tem conteúdo. Os 133 cv não formam exatamente uma cavalaria de respeito, mas são suficientes para boas acelerações (0 a 100 km/h em 9,4 segundos) e mostra vigor nas retomadas de velocidade. O torque ajuda, pois seus 210 Nm estão disponíveis já a 2.000 rpm.

 

Com essa fórmula, o Chevrolet Tracker colocou a GM no jogo dos SUV compactos. Houve ocasiões em que vendeu mais do que o Jeep Renegade e o Volkswagen T-Cross, os carros que passaram a dominar o mercado. O marco de 100 mil unidades produzidas é importante, especialmente num cenário de pandemia, com todas as dificuldades impostas para montadoras, concessionárias e consumidores.

 

Segundo a GM, um terço da produção do Chevrolet foi destinada à exportação. O segmento de SUV é hoje o que mais cresce no país, com um incremento superior a 20% nas vendas, considerando os números do fechamento do primeiro trimestre deste ano. Para a GM, a atual geração do Tracker “deu uma guinada na trajetória do produto”.

 

O Chevrolet Tracker utiliza uma nova arquitetura global que trouxe melhoria na dirigibilidade e permitiu um avanço nas tecnologias de conectividade. Além de motor turbo, o SUV traz Wi-Fi nativo, assistente de estacionamento automático e alerta de colisão com sistema de frenagem autônoma de emergência. Para fabricá-lo, a GM investiu dois anos na modernização da fábrica de São Caetano do Sul.

 

“Para produzir o Tracker, nós implementamos diversas novas tecnologias da indústria 4.0 que trouxeram ganhos não só em produtividade, mas principalmente em segurança, ergonomia e qualidade”, disse Luiz Peres, vice-presidente de Manufatura da GM América do Sul. “Assim, ganha o consumidor, que tem um SUV atualizado, seguro e conectado; ganha o trabalhador da indústria, que torna seu trabalho mais eficiente; e ganha a indústria nacional, que tem uma fábrica com o que há de mais atualizado em termos de manufatura global.”

 

Diante de tudo isso, faz sentido a GM comemorar os 100 mil Chevrolet Tracker produzidos. O carro merece, sim, esse importante marca. O Tracker tem atualmente quatro versões com motor 1.0 turbo de 116 cv, com preços que vão de R$ 96.100 a R$ 122.730. A versão topo de linha, Premier, tem motor 1.2 turbo de 133 cv e custa R$ 131.290. (Portal Terra/Sergio Quintanilha)