AutoIndústria
O mercado de veículos comerciais pesados chegou ao fim dos três primeiros meses do ano com expressivas altas em relação ao desempenho anotado um ano atrás. Segundo os dados de emplacamentos consolidados pela Fenabrave apresentados na terça-feira, 6, as vendas somaram pouco mais de 30 mil caminhões e ônibus, volume 17,7% superior ao registrado no mesmo período de 2020, de 25,5 mil unidades.
Somente no mês passado, perto de 13 mil comerciais pesados foram entregues, o que representou crescimento de 57,5% sobre o volume negociado em março do ano passado, quando anotou 7,8 mil emplacamentos. No confronto com fevereiro, quando somou 9,1 mil unidades vendidas, a expansão foi de 34,4%.
O segmento de caminhões se apresentou como o principal responsável pelo desempenho positivo. As 25,7 mil unidades negociadas de janeiro a março representaram aumento de 27,5% na comparação com volume negociado um ano antes, de 20,2 mil veículos.
Apenas em março, o transportador rodoviário de carga recebeu quase 10,8 mil caminhões, volume 65,8% maior do que aquele realizado no mesmo mês de 2020, de 6,5 mil unidades. Cabe lembrar, no entanto, que março do ano passado foi marcado pelo aprofundamento da crise sanitária no País. Em relação a fevereiro, com 7,7 mil licenciamentos, a alta chega perto de 40%.
Em nota a Fenabrave lembra que o expressivo crescimento anotado no mês passado tem como um dos fatores a base comparativa baixa, mas ressalta que as vendas de caminhões seguem aquecidas, embora em condições marcadas por falta de produtos para atender a alta demanda.
Oposto ao segmento de caminhões, o de ônibus prossegue acumulando queda, embora tenha registrado alguma evolução nos comparativos mensais. No primeiro trimestre os licenciamentos somaram 4,2 mil unidades, volume 19,7% inferior em relação ao registrado nos três primeiros meses do ano passado, quando 5,3 mil unidades foram entregues.
No mês passado, o mercado de transporte de passageiros absorveu 1,5 mil unidades, altas de 15,8% a comparação com março de 2020, quando apurou perto de 1,3 mil ônibus emplacados, e de 5,04% em relação a fevereiro (1,4 mil unidades).
“As vendas de ônibus se mantêm em um nível baixo devido à retração da demanda provocada pelo avanço da segunda onda da Covid-19. As restrições de circulação e cancelamento de viagens continuam afetando as empresas do setor”, resume Assumpção Júnior. (AutoIndústria)