Jacto anuncia construção de nova fábrica de 96 mil m2 em Pompeia

Revista Globo Rural

 

A Jacto, indústria de máquinas agrícolas brasileira, anunciou na última sexta-feira (5/3) a construção de uma segunda fábrica no município de Pompéia (SP) com 96 mil metros quadrados entre linhas de produção e escritórios. A fábrica atual tem 39,3 mil metros quadrados apenas de área fabril. O valor do investimento não foi divulgado.

 

A Jacto é a maior empresa de Pompeia, que tem cerca de 22 mil habitantes, e fica na região de Marília. A nova fábrica, com previsão de inauguração para 2023, será erguida com tecnologias e instalações do conceito indústria 4.0, incluindo sistema automatizado de pintura e armazenagem, movimentação de materiais por veículos autônomos e um centro avançado de treinamentos. O projeto segue conceitos de sustentabilidade, como reuso de água, manufatura sem papel e painéis solares para autossuficiência em energia.

 

Em nota, Fernando Gonçalves, presidente da Jacto, diz que o projeto faz parte de um conjunto de ações que tem como principal objetivo oferecer excelência na experiência do agricultor. “Lançamos uma nova linha de produtos em agosto do ano passado com três modelos de plantadeiras, uma colhedora de cana-de-açúcar e um pulverizador autônomo. Agora, estamos dando mais um grande passo, investindo em uma fábrica moderna para sustentar o crescimento previsto para os próximos anos.”

 

Ricardo Nishimura, presidente do Conselho de Administração do grupo e representante da terceira geração da família Nishimura, fundadora da companhia, disse que a nova fábrica dará base para a evolução de tecnologias e será o alicerce para o objetivo da empresa de chegar aos 100 anos com o mesmo espírito inovador e resiliência que marcou sua história.

 

A empresa foi fundada em 1948 pelo japonês Shunji Nishimura, que colocou no mercado a primeira polvilhadeira nacional de defensivos que podia ser carregada nas costas (as importadas eram carregadas na frente) e tinha um mecanismo de distribuição do pó com alavanca de duplo movimento, para cima e para baixo. Hoje, a Jacto produz soluções para pulverização, adubação, plantio, colheita de café, colheita de cana-de-açúcar, equipamentos portáteis manuais e a bateria, além de produtos e sistemas para agricultura de precisão.

 

A empresa exporta seus produtos para mais de 100 países, com destaque para África, Leste Europeu e mercados da América do Sul, tem fábricas também na Argentina e Tailândia e escritórios comerciais nos Estados Unidos e México. As exportações representam cerca de 25% da receita.

 

Em 2020, sem feiras agrícolas e com pandemia, a Jacto fechou o ano com um faturamento 20% superior ao de 2019, quando a receita líquida foi de R$ 1,597 bilhão. Para Gonçalves, o aumento se explica por uma “conjunção de astros”, que inclui a maior rentabilidade do produtor no ano, câmbio favorável às exportações e os lançamentos de produtos. “Neste ano, nossa expectativa é crescer pelo menos 10%, mantendo estratégias de trazer inovações para o agricultor”. (Revista Globo Rural)