PIB paulista resiste e cresce 0,4% na pandemia

O Estado de S. Paulo

 

A economia paulista mostrou forte capacidade de reação no ano marcado pelo impacto brutal da pandemia de covid-19 sobre a atividade econômica em todo o mundo. Ao contrário da economia brasileira, que encolheu 4,1% em 2020, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que confirmaram as projeções predominantes nos últimos meses, o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado de São Paulo registrou alta de 0,4% no ano passado. São cálculos da Fundação Seade, órgão do governo do Estado responsável pela compilação de estatísticas econômicas e sociais paulistas, inclusive as que abastecem a base de dados do IBGE.

 

Embora pequena, a expansão é um fato auspicioso, visto que a economia mundial – com exceção da China e de poucas nações – encolheu por causa da pandemia. No quarto trimestre de 2020, o PIB paulista foi 2,5% maior do que o do trimestre anterior e 4,9% maior do que o de um ano antes, o que mostra mais vigor nos últimos meses. A indústria, setor do qual São Paulo responde por boa parte da produção nacional, encolheu 2,9% em 2020, mas o resultado de dezembro, com alta de 13,4% na comparação com o mesmo mês de 2019, mostra forte recuperação.

 

O resultado do PIB paulista de 2020 foi assegurado pelo desempenho do setor de serviços, que cresceu 1,8%. Já a agropecuária teve desempenho semelhante ao da indústria, com redução de 1,7%.

 

Ao comentar esses números, o secretário da Fazenda do Estado, Henrique Meirelles, observou que, no caso dos serviços, as tecnologias de comunicação e de informação, com os serviços financeiros e as atividades imobiliárias, foram as principais responsáveis pelo crescimento.

 

Sobre o resultado geral do PIB paulista, Meirelles observou que São Paulo teve menor redução do que a queda média da economia brasileira, recuperou-se mais depressa e, assim, conseguiu fechar o ano com resultado positivo.

 

O Indicador PIB+30 – desenvolvido pela Fundação Seade para antecipar o comportamento da economia paulista e fornecer informações para balizar decisões sobre políticas públicas – indica queda em janeiro, na comparação com dezembro. Mas, para o ano, a projeção é positiva, com expansão média de 5,3%, a depender, obviamente, de fatores como avanço da vacinação e ambiente econômico e político. (O Estado de S. Paulo)