Blog do Caminhoneiro
Em 19 de fevereiro de 2019, pouco mais de dois anos atrás, a Ford anunciou o encerramento da produção de caminhões no Brasil, com consequente paralisação da fábrica da empresa em São Bernardo do Campo. O anúncio foi muito impactante para o mercado na época, visto que a montadora tinha uma grande participação nas vendas de caminhões no Brasil.
A fábrica de São Bernardo produzia os caminhões Cargo, com uma série de modelos, dos leves aos extra-pesados, a linha F e também o automóvel New Fiesta.
A produção de caminhões seguiu quase normalmente até o dia 30 de outubro daquele ano. Naquele dia, somente oito unidades do modelo F-4000 estavam na linha de montagem. A última a sair de linha foi uma F-4000 4×4, com sequência de produção 1316.
Apesar da paralisação da produção naquela data, a montadora criou um estoque razoável de veículos para seguir alimentando as concessionárias e realizando vendas.
No ano de 2017, a empresa ficou em terceira colocação no ranking de marcas da Fenabrave, com 7.804 unidades emplacadas. Em 2018, foram 9.306 caminhões vendidos, resultando em um quarto lugar, com 12,18% de participação.
Em 2019, ano em que decidiu pelo encerramento da produção, as vendas também foram consideradas boas, com 6.451 caminhões vendidos e 6.34% de participação no mercado, ficando em quinta posição entre as marcas mais vendidas.
Em 2020, as vendas da montadora despencaram. Foram emplacados apenas 575 caminhões novos da Ford no Brasil, ficando em sétima posição entre as marcas, com 0,64% de market share.
Apesar da queda nas vendas, a montadora segue figurando no ranking da Fenabrave, cada vez com menos vendas. Em janeiro e fevereiro deste ano, apenas 11 caminhões Ford novos foram emplacados no Brasil, sendo 7 em fevereiro. A montadora está em oitava colocação entre as montadoras mais vendidas, com 0,04% de participação.
E neste ano, a montadora também anunciou a paralisação completa da produção de automóveis no Brasil, impactando no encerramento da produção do Ka, Ecosport e também do jipe Troller. A partir de agora, somente automóveis importados. Já os caminhões, nunca mais… (Blog do Caminhoneiro/Rafael Brusque)