Venda de motos cai 18% e setor perde R$ 130 bilhões

Jornal do Carro

 

Por causa da pandemia, muita gente passou a evitar o transporte público o que, no fim das contas, favoreceria as vendas de carros e motos. Contudo, pesquisa global feita pela italiana Finaria, da área de economia e finanças, aponta uma vertiginosa queda nos emplacamentos de motocicletas. E a tendência é de que a situação se agrave.

 

Segundo o levantamento, em 2020 as vendas recuaram 18% na comparação com os dados de 2019. No ano retrasado, o setor registrou lucro de US$ 133,4 bilhões (R$ 708 bi). Em 2020, foram US$ 108,8 bi (R$ 578 bi). Ou seja, o segmento perdeu cerca de R$ 130 bi em 12 meses.

 

A previsão aponta para novas quedas. Em 2021, a receita mundial do setor deverá recuar cerca de US$ 3,2 bilhões ante 2020. Como consequência da pandemia, uma recuperação só deverá ocorrer em 2023. Todavia, a expectativa é de queda de 20% ante os resultados de 2020. Ásia é líder global. Os maiores mercados mundiais de motocicletas ficam na Ásia. A Índia lidera o ranking global e deve gerar US$ 18,3 bilhões (R$ 97 bi) de lucro em 2021. Em seguida vem a China, com faturamento previsto de US$ 13,5 bi (R$ 72 bi).

 

Do déficit global de mais de R$ 700 bilhões, os maiores mercados perderam R$ 61 bi.

 

Brasil confirma queda. Em 2020, o mercado brasileiro de motos também ficou menor. A queda nas vendas foi de 15,04%, segundo dados da Fenabrave, federação que reúne as associações de concessionárias. Foram emplacadas 915.502 motos no País ante 1.077.537 em 2019. Confira acima a lista das mais emplacadas no Brasil.

 

A Honda é, de longe, a marca que mais vende motos por aqui. No País, a japonesa responde por 77% das vendas – no mundo, são 40%. Em segundo lugar vem a Yamaha, com 15,5% de participação no mercado nacional e 12,9% no global.

 

A Abraciclo, associação que reúne as maiores fabricantes do setor, divulgará os resultados de produção e exportações no dia 27 de janeiro. (Jornal do Carro/Emily Nery)