IPVA à vista ou parcelado: qual a melhor forma de pagar?

Revista Torque/Agência Hyperlink

 

Com a cobrança do IPVA (Imposto sobre Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) prevista para começar na primeira semana de janeiro, os proprietários de veículos precisam escolher se a alíquota obrigatória dever ser paga à vista com desconto ou parcelada. A primeira opção, inclusive, pode ser um bom negócio para os contribuintes que têm a quantia guardada para quitar o IPVA de uma só vez, já que o parcelamento só seria interessante se a taxa SELIC estivesse com rendimento superior a 2% ao ano, o que corresponde a um rendimento de 0,16% ao mês.

 

Na avaliação de Veridiana Lopes, educadora financeira formada pela DSOP, especialista em planejamento financeiro pessoal e criadora do Economia Diária, o pagamento à vista do IPVA só vale a pena se o contribuinte tiver dinheiro sobrando, além da reserva de emergência. “O desconto de 3% (no pagamento à vista do IPVA) pode parecer um valor baixo, olhando apenas essa economia. Mas, gosto de ter uma visão do ano inteiro: com pequenas atitudes a economia no final do ano pode ser gigante”, destacou a especialista.

 

Parcelamento do IPVA

 

Optar pelo pagamento à vista é uma boa escolha caso o contribuinte não tenha dívidas e tenha reservas, já que ficará livre do compromisso financeiro e ainda terá o desconto. Entretanto, antes de optar pelo parcelamento do IPVA, a educadora financeira ressalta que é preciso estar com a vida financeira em ordem. “A prioridade deve sempre ser a saúde financeira. Por isso, antes de fazer o parcelamento, é importante ter um orçamento doméstico bem organizado para garantir que o pagamento da parcela será possível”, alerta Veridiana Lopes.

 

Vale a pena fazer empréstimo para quitar o IPVA à vista?

 

Recorrer à empréstimo pessoal para quitar à vista a alíquota do veículo não deve ser uma boa opção, pois enquanto uma dívida será quitada, outra vai surgir. Por isso, na avaliação da Veridiana Lopes, é preciso levar em conta alguns aspectos importantes antes de solicitar um aporte como, por exemplo, as taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras. “É preciso comparar o valor pago em juros no empréstimo com o desconto no pagamento à vista do IPVA. Após fazer a análise, a pessoa terá mais clareza na hora de decidir. Mas, na maioria das vezes não vale a pena pegar um empréstimo apenas para essa finalidade”, orienta a criadora do Economia Diária.

 

O que fazer com o valor do desconto?

 

Com o valor do desconto em mãos, a educadora financeira avalia que o melhor é continuar poupando para quitar a alíquota dos próximos anos. “O ideal seria já começar a separar o valor para as contas do início de 2022. Economizando um pouquinho todos os meses, fica mais fácil quitar as contas de início de ano. Caso o contribuinte tenha uma reserva para isso, o dinheiro (do desconto do IPVA) pode ir para um fundo de investimento, por exemplo. O importante é dar o primeiro passo para começar a poupar”, finaliza Veridiana Lopes. (Revista Torque/Agência Hyperlink)