Mercado de motos deve retomar patamar de 2019 já neste ano

AutoIndústria

 

Ao contrário do mercado de automóveis e comerciais leves, que deve crescer este ano em índice abaixo da queda verificada no ano passado, o segmento de motocicletas deve retomar já em 2021 patamar similar ao de 2019. Pelas projeções da Fenabrave, as vendas dos veículos duas rodas devem crescer 17,6% este ano, atingindo algo próximo de 1 milhão e 77 mil unidades, mesmo volume comercializado no ano que precedeu a chegada da pandemia da Covid-19 no Brasil.

 

No ano passado foram comercializadas 915,502 motos, o que representou queda de 15% sobre o total de 1.077.537 unidades emplacadas em 2019. Segundo a Fenabrave, o desempenho poderia ter sido melhor e até ter atingido a meta do setor de superar 1,1 milhão de unidades em 2020 não fosse a falta de produtos no mercado, decorrente da falta de insumos e peças e das medidas de distanciamento social adotadas pelos fabricantes de Manaus, AM.

 

No caso do mercado de automóveis e comerciais leves, que também enfrenta problemas com falta de alguns modelos, a queda no ano passado foi de 26,6% e a projeção de alta divulgada pela Fenabrave para este ano é de apenas 15,8%.

 

“Assim como os demais segmentos, as motos sofreram com a queda na produção local e na importação de peças e componentes, em função da pandemia”, lembra Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave. “No entanto, ao contrário de outros anos, notamos que houve boa oferta e aprovação de crédito, com taxas de juros razoáveis, o que favoreceu e continua estimulando o aumento de demanda, gerada pela utilização de motocicletas como transporte individual e para serviços de entrega”.

 

O desempenho de dezembro confirma as boas perspectivas para o setor este ano. Foram emplacadas no último mês de 2020 um total de 98.831 motos, o que representou crescimento de 10,5% sobre novembro e de 5% em relação a dezembro de 2019.

 

“Vale ressaltar que entre os meses de abril e maio as fábricas de motocicletas foram fechadas e paralisaram sua produção, o que impactou no resultado do ano”, destaca Assumpção Júnior. “Não fosse isso, teríamos alcançado a projeção de superar 1.100.000 unidades em 2020”. (AutoIndústria)