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A indústria automotiva global já começou o ano de 2021 com a criação de uma nova gigante. A Stellantis, companhia cujo nome significa brilhar com as estrelas, foi criada pela fusão da ítalo-americana Fiat Chrysler e do grupo francês PSA, dono das marcas Peugeot e Citroën.
O valor de mercado combinado das duas montadoras é de 62,7 bilhões de dólares – a FCA vale 37,5 bilhões de dólares, listada na bolsa Nyse de Nova York, e o grupo PSA, 20,5 bilhões de euros, ou 25,20 bilhões de dólares, listada na bolsa de Paris.
Juntas, elas já venderam quase 3,2 milhões de carros no ano passado até setembro, segundo dados da Bloomberg. Assim, formam o quinto maior grupo global. Confira o ranking na tabela abaixo.
Com mais de 400 mil funcionários em todo o mundo – 33 mil apenas dedicados a pesquisa e inovação – o grupo reúne 14 marcas como Citroën, Masserati, Fiat, Peugeot, Alfa Romeo, Chrysler, Dodge e Jeep.
A gigante será liderada pelo empresário português Carlos Tavares, atualmente CEO do grupo francês e que já foi um competidor de corridas de rally na juventude. A fusão já havia sido anunciada no final de 2019 e as empresas passaram o último ano em busca de aprovações para o negócio. Hoje, 4 de janeiro, os acionistas das duas empresas se reuniram para votar pela aprovação da fusão.
O faturamento combinado foi de 183 bilhões de euros em 2019 – 108,2 da FCA e 74,7 do grupo PSA. Já nos nove primeiros meses de 2020, o faturamento combinado foi de 98,7 bilhões de euros – 58,1 bilhões de euros da FCA e 40,6 bilhões de euros do grupo PSA.
Maior presença global e sinergias
A fusão deve adicionar uma presença global maior para as duas montadoras. A FCA, forte na América do Norte e América Latina, complementa a presença do grupo PSA na Europa. Cerca de 46% do faturamento combinado do grupo vem das regiões da Europa, Oriente Médio, África e Ásia, enquanto 44% vem da América do Norte.
As sinergias, ou cortes de custos e melhorias na eficiência, esperadas pela fusão são de 5 bilhões de dólares. 80% desse total deve ser alcançado em até quatro anos depois do fechamento da fusão. De acordo com as empresas, o maior ganho será de tecnologia e nas plataformas usadas para a produção dos carros. (Portal Exame/Karin Salomão)