Jornal do Carro
A Toyota apresentou ao mundo seu novo conceito de mobilidade urbana. O C+pod é a versão de produção do conceito “Ultra-compact Battery Electric Vehicle”, mostrado no Salão de Tóquio de 2019. O modelo faz parte do projeto da marca de lançar diversos veículos nos próximos anos focados no transporte urbano e com baixas emissões.
Com 2,49 metros de comprimento, 1,29 m de largura e 1,50 m de altura, o C+pod é menor e mais estreito que um Smart Fortwo. Para reduzir o peso, todos os painéis externos são feitos de plástico.
Isso garante peso de apenas 690 kg ao modelo. O compacto pode levar duas pessoas e uma quantidade minúscula de bagagem atrás dos assentos.
O motor elétrico que move o eixo traseiro é alimentado por baterias de íons de lítio com capacidade de 9 kwh. Com 100% de carga, a autonomia chega a 150 km, segundo a Toyota.
O carro, que não tem compromisso com o desempenho, chega a 60 km/h. O motor gera o equivalente a 12,3 cv e 5,7 mkgf.
Essa potência é similar à de uma motocicleta com motor de 150 cm³ e que pesa cinco vezes menos. O C+pod é um mero meio de transporte urbano, sem nenhuma pitada de diversão.
O Toyota já está à venda no Japão por 1,65 milhões de Yen, equivalentes a US$ 16 mil. Na conversão direta, sem impostos, seriam uns R$ 83 mil. Com esse dinheiro dá para levar a versão de topo de carros como Chevrolet Onix e Hyundai HB20.
Pioneirismo em mobilidade. A Toyota vem há muito tempo focando parte de seus esforços em modelos movidos por motores mais limpos e em novas formas de locomoção. No agora longínquo ano de 1997, a marca japonesa lançou o Prius, primeiro híbrido do mercado mundial feito em larga escala.
Em 2001, foi a vez de o modelo desembarcar no Estados Unidos, tendo o mesmo sucesso obtido em sua terra natal. Desde 2009, o hatch está entre os cinco carros mais vendidos do Japão, perdendo apenas para os chamados “Kei Kars”, os modelinhos em forma de caixote que pagam menos impostos por lá.
O Prius também foi o primeiro híbrido do mundo que pode rodar com eletricidade e etanol. O modelo começou a circular como protótipo no Brasil em 2017 e foi responsável pela chegada dessa tecnologia ao Corolla, campeão de vendas da marca no mercado brasileiro.
Na prática, o Corolla híbrido consome bem mais com etanol do que a versão movida apenas a gasolina. Mas ainda assim se tornou uma alternativa interessante de carro “verde”.
A Toyota também chegou a trazer ao Brasil algumas unidades do Mirai para testes, mas a “explosão” do dólar impediu qualquer ação comercial. O Mirai confirma o protagonismo da marca na busca por veículos menos poluentes. Trata-se do primeiro carro a célula a hidrogênio do mundo feito em série.
O Mirai é abastecido com hidrogênio em postos de uma forma similar aos abastecimento com gasolina. Há um tanque que é preenchido pelo gás. Por meio de um processo químico, é gerada a eletricidade que alimenta o motor e vai para as baterias. O resultado é equivalente a 154 cv de potência, 34 mkgf de torque, 500 km de autonomia e água pura saindo do escape.
Mas, mesmo no Japão, a rede de abastecimento é bem escassa, já que há poucas unidades do carro circulando pelas ruas. A tecnologia ainda é muito cara para que seu uso seja expandido.
O país que desponta como líder no desenvolvimento dessa tecnologia é a Coreia do Sul. A Hyundai tem um SUV do tipo com vendas crescentes. (Jornal do Carro)