O Tempo
O ano de 2020 ficará marcado, claro, pela pandemia da Covid-19, mas entrará para a história da indústria pelo recorde de novos produtos no mercado. Conheça, em detalhes, o que de mais relevante aconteceu no ano que está se despedindo.
FCA
A Fiat Chrysler Automobile protagonizou este ano um importante momento ao lançar a segunda geração da picape Strada, que ao longo de seus mais de vinte anos de produção, se destacou por protagonizar a introdução de uma série de novidades que a destacaram de seus pares, conquistaram crítica e público. Tudo isso traduziu em vendas que a colocaram no lugar mais alto do pódio no mercado brasileiro em seu segmento. São três as versões, a saber: a mais completa a Volcano, que usa o motor Firefly, de 1.3 litros, 109 cv, com etanol, sempre com cabine dupla e, por enquanto, apenas câmbio de transmissão mecânica. Depois dela a Freedom, intermediária, também com o propulsor Firefly, mas com opção de cabine simples e dupla, câmbio, esta terá apenas a caixa de marchas manual. E, por último, a de entrada na linha Nova Strada, o modelo Endurance, empurrado pelo conhecido motor Fire 1.4, de 88 cv, com etanol e cabines simples e dupla, com câmbio manual de cinco velocidades.
Ford
Fabricado por uma joint-venture da Ford na China, o SUV é de tamanho similar ao do Jeep Compass, um sucesso de vendas que hoje reina praticamente sozinho, mas que a Ford promete interromper e abocanhar uma fatia expressiva deste bolo. O SUV teve seu desenvolvimento feito em conjunto com a chinesa JMC e sua qualidade construtiva nada deve a produtos manufaturados deste lado do mundo. O modelo faz parte de uma nova geração de veículos com conceito avançado e tecnologias encontradas apenas em segmentos superiores. A conectividade é um de seus pontos fortes. Além de carregamento sem fio para celular, central multimídia e painel de instrumentos com telas de dez polegadas. O motor 1.5 EcoBoost gera 150 cavalos e é capaz de oferecer condução segura, principalmente em ultrapassagens. A tração é dianteira, o câmbio é CVT e simulam oito velocidades, o destaque para o conforto segue um padrão de carros deste padrão, produzidos pela Ford. Seu porte avantajado não é um problema na hora de estacionar, o SUV traz o auxílio das câmeras de 360°, que exibe imagens do carro em diversos pontos.
Chevrolet
Renovado a partir do zero, o Tracker, SUV da Chevolet, teve seu lançamento mantido mesmo com o advento da pandemia e no meio de março, de forma virtual, foi apresentado à imprensa especializada. A versão top de linha, Premier, estreia o novo motor 1.2 litros, turbo, de 133 cavalos, completa, com todos os acessórios e que tem preço sugerido ultrapassa os R$ 100 mil. O esportivo utilitário desembarcou por aqui, pela primeira vez, em 2013 e passou por um facelift de meia vida, quatro anos depois, em 2017, quando se atualizou e passou a ter maiores chances de concorrer em um mercado cada vez mais competitivo. Mas ainda era pouco, principalmente pelos baixos volumes que eram importados do México, que não contribuía para que o modelo pudesse disputar de igual para igual com seus pares. O Chevrolet Tracker chega bem municiado, tanto em relação à atualização de seu design, passando pela conectividade embarcada e chegando até aos propulsores, que entregam potência, economia e eficiência energética.
VW
A montadora alemã inovou ao lançar o primeiro SUV Cupê do mercado, o Nivus, que acertou em cheio seu design e o faz destacar nas ruas diante de tantos modelos com desenhos tão padronizados. A relação de equipamentos que ele traz desde sua versão de entrada o coloca dentro de um patamar acima do nível, tecnologicamente, falando, de muitos competidores até de segmento superior. Está na interatividade o pulo do gato neste universo que todos os fabricantes estão correndo atrás. Um dos grandes diferenciais do modelo está em seu “Infotainment” de última geração, são duas telas de 10 polegadas (tamanho de um tablet) interligadas. Ele foi feito no Brasil e fala o português que o consumidor brasileiro entende. O VW Play, como foi denominado, conta com uma tela de alta definição e quem segundo a fabricante, estabelecerá um novo patamar em termos de conectividade. A fabricante conseguiu algo difícil, diferenciar o interior do Nivus do de seus irmãos Polo, Virtus e T-Cross, mas não tem como dizer que o visual interno não remeta ao visto no hatch Polo. O porta-malas do Nivus é maior do que o visto no T-Cross e oferece capacidade volumétrica de 415 litros.
Peugeot
Das francesas a única representante a mostrar uma novidade foi a Peugeot, ao lançar o novo compacto Premium 208, inteiramente renovado. Esta é a segunda geração do modelo, que teve, nestes últimos anos, algumas modificações estéticas, mas que nem de longe fizeram o mesmo sucesso do 206. Ao contrário do de 1999, este modelo vem da Argentina e sua plataforma é inteiramente nova. Uma coisa que é unanimidade é que os franceses acertaram e muito bem no visual ficou, de fato, muito bonito. E ele chegou carregado de bons predicados, Foi eleito como carro do ano, na Europa, em 2019. E olha que lá a concorrência é grande e os produtos ali fabricados usam toda tecnologia de ponta disponível. E por falar em tecnologia o destaque vai para o pacote de conteúdos, que é de impressionar, com quadro de instrumentos em 3D (iCockpit), bancos forrados em alcântara, teto solar panorâmico, partida sem chave, carregamento de celular por indução e por ai vai. A Peugeot venderá esse carro apenas com o motor 1.6 de 118 cv e 16,8 kilos de torque, combinada com transmissão automática de seis marchas. O mesmo que já equipa a versão atual do compacto.
Nissan
O novo Versa é fabricado na cidade mexicana de Aguascalientes, a primeira planta industrial da marca, construída em 1960, fora do Japão. Ele chega em um momento onde os sedãs médios perdem, visivelmente, espaço no mercado, que assiste o crescimento vertiginoso dos modelos com carroceria SUV. Seus concorrentes diretos são o VW Virtus, o Fiat Cronos e o Ônix Plus, todos situados, em suas versões topo de gama, em uma categoria de carros mais Premium. Qualidade, design arrojado, equipamentos e inovações tecnológicas, ele tem para enfrentar essa disputa de igual para igual. Do modelo anterior nem uma lembrança, nem mesmo o nome, mas do irmão maior, o SUV Kicks, muitas similaridades, a começar pela plataforma, passando pelo painel, o kit multimídia, que traz o Apple CarPlay e o Android Auto, o ar digital e outros componentes que foram compartilhados. A mudança visual é o que chama a atenção no primeiro contato com o Versa, a grade V-motion, confere aparência mais robusta, os faróis e as lanternas traseiras são em LED, em formato de bumerangue.
Os elétricos Audi e Porsche
Segundo carro com motor 100% elétrico comercializado pela Audi no Brasil, e-tron, inovou este ano com sua carroceria no estilo sportback e é denominado pela fabricante como um SUV coupé. Ele utiliza o mesmo conjunto mecânico do SUV são dois propulsores, um em cada eixo, que somam potência de 408 cv e 67,7 kgmf de torque. Estes números permitem que o E-tron sportback acelere de 0 a 100 km/h em apenas 5,7 segundos. E a velocidade é limitada, eletronicamente, em 200 km/h.
Outro destaque ficou com a também alemã Porsche, que para sua estreia no universo dos elétricos, optou por um sedã de quatro portas, que mede 4,96 m de comprimento e 2,90 m de entre-eixos. O visual remete, claro, aos irmãos movidos à gasolina ou híbridos, na gama da marca o Taycan está situado, em relação ao tamanho, entre o Cayene e o Panamera. A posição de dirigir lembra a do 911, com centro baixo de gravidade e impressão que se está muito próximo ao solo. (O Tempo/Raimundo Couto)