Pandemia impulsiona serviço de fretamento

AutoIndústria

 

O recém-lançado chassi OF 1621 da Mercedes-Benz surge em momento oportuno para nicho de mercado que enfrenta significativas quedas provocadas pelo impacto da pandemia da covid-19. O novo modelo chega para atender as empresas de fretamento, único segmento que cresce no negócio de passageiros.

 

De acordo com os dados consolidados pela Anfavea, o mercado de ônibus absorveu 11,4 mil chassis nos dez primeiros meses de 2020, em queda de 34,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Do total negociado, conforme contas da Mercedes-Benz, 1,2 mil unidades se destinaram ao serviço de fretamento. O volume anotado, além de representar alta de 24% sobre o mesmo acumulado de 2019, permitiu elevar a participação do segmento para 10% ante os 5,7% que tinha no exercício de um ano atrás.

 

“Tem muito emplacamento do segmento escolar acontecendo, mas atualmente, o fretamento é o que mais demanda da indústria. Para preservar o distanciamento social, as empresas estão contratando mais ônibus para o serviço de transporte de funcionários”, observa Walter Barbosa, diretor de Vendas e Marketing da Mercedes-Benz do Brasil.

 

Apenas como um recorte da realidade que corrobora com Barbosa, a Rimatur, empresa paranaense de transporte de passageiros, cujo 95% do faturamento vem do fretamento, experimentou crescimento de 30% na demanda pelo serviço. A companhia tem frota de 478 veículos, todos em operação.

 

“O fretamento está compensando os serviços de turismo e escolar, hoje, parados”, conta diretor comercial da operadora Emerson Imbronizio, diretor comercial, adiantando que nos últimos meses incorporou na garagem 15 micro ônibus, além da programação de compra com a Mercedes-Benz de 30 unidades do novo OF 1621.

 

O desempenho de vendas para fretamento se destaca ainda mais quando observado junto aos outros segmentos do mercado de ônibus. De acordo com números da Mercedes-Benz, no acumulado até outubro em comparação ao ano passado, as entregas de chassis para micro ônibus caíram 38%, com 2,3 mil unidades; escolar, 34% (2,2 mil); urbano, 40% (4,2 mil); e rodoviário, 36% (1,2 mil). (AutoIndústria/Décio Costa)