Abla sugere antecipar reservas de locação de veículos para Natal e Ano Novo

Mercado e Eventos

 

De acordo com a Abla, nos recentes feriados de 7 de setembro e 12 outubro, entre 80% e 90% das locadoras que trabalham nos aeroportos já ficaram sem carros disponíveis

 

Uma consulta realizada pela Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), junto às regionais da entidade nos diversos estados do Brasil, revelou que Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo são os seis principais destinos para os quais há necessidade de antecipação das reservas de locação de veículos, justamente por conta do período de Natal e Ano Novo.

 

De acordo com a Abla, nos recentes feriados de 7 de setembro e 12 outubro, entre 80% e 90% das locadoras que trabalham nos aeroportos já ficaram sem carros disponíveis. “No Natal e no Réveillon o mais provável é que isso se repita”, diz o presidente da associação, Paulo Miguel Junior. “Desde maio há uma demanda reprimida por viagens em função das medidas de isolamento social e, partir de setembro, com a crescente flexibilização do isolamento, o turismo interno voltou com força”.

 

Além disso, o setor de aluguel de carros iniciou o ano com uma frota de 998 mil veículos e, em setembro de 2020, em função da pandemia a frota total já havia caído para 916 mil. “Neste momento, existem cerca de 100 mil a 150 mil automóveis e comerciais leves que seriam necessários para as locadoras atenderem a retomada, mas que estão com entrega em atraso por parte das montadoras”, aponta Miguel Junior.

 

O presidente da associação, que reúne nacionalmente as locadoras de veículos, acrescenta que não há um embate entre as empresas do nosso setor e as montadoras. “Sabemos que a indústria ainda enfrenta problemas como o aumento dos custos por causa do câmbio e com a lenta retomada da cadeia de fornecimento de peças”, conclui Miguel Junior. “Porém, o fato é que estamos convivendo com a falta de carros para renovar a frota e, por consequência, isso projeta dificuldades para atendermos em 100% a demanda no Natal e no Ano Novo”. (Mercado e Eventos/Pedro Menezes)