AutoIndústria
Levantamento mensal feito pela consultoria KBB Brasil mostra que em setembro foram registrados os maiores reajustes nos preços dos carros e comerciais leves do ano. Na média, a alta ficou em 1,93%, mas cinco marcas aplicaram índices bem maiores, de até 4,68% no caso da Fiat.
A Peugeot aplicou aumento médio de 3,88%, enquanto a Caoa Chery subiu seus preços em 3,54%, a Renault em 2,75% e a Mercedes-Benz, 2,64%. Segundo a última edição do Monitor de Variação de Preços – Autos da KBB Brasil, os reajustes nos preços dos novos gera majorações também nos segmentos de veículos seminovos e usados.
A consultoria lembra que ao longo do ano passado a variação média mensal foi de menos 0,27%, ou seja, os preços dos automóveis ficaram praticamente estáveis ao longo de 2019, o que já não ocorre este ano.
Os principais executivos do setor, como é o caso do presidente da Nissan, Marco Silva, admitem que não há como segurar o preço dos carros este ano por causa da alta do dólar e também das matérias-primas, em especial o aço, que está com oferta abaixo da demanda. Silva, inclusive, admite que isso pode ser um inibidor do crescimento das vendas em 2021.
Apenas duas marcas das 21 acompanhadas pelo MVP tiveram reajustes negativos este ano abaixo da média de 2019 – Porsche, com menos 1,18%, e Land Rover, com menos 0,55%. Duas outras marcas que também não elevaram preços agora em 2020 foram a Kia e Nissan. As 17 restantes majoraram seus preços.
Por modelo, as elevações mais expressivas em setembro ficaram a cargo de veículos comerciais leves, com aumento médio de mais de 5% no período analisado. A Volkswagen Amarok 0 km foi reajustada em 19,29%, índice que chegou a 13,4% no caso da Fiat Strada e a 12,69% na Fiorino. A Fiat Toro subiu 8,16% e a Volkswagen Saveiro,6,82%.
De acordo com a KBB, no segmento de automóveis apenas um modelo, o Volkswagen T-Cross, teve reajuste acima de 5%. O SUV ficou 9,56% mais caro em setembro. O preço do Renault Duster foi elevado em 4,66%, enquanto o do Renault Captur subiu 3,68%.
A KBB Brasil utiliza tecnologias de análise de dados e Big Data para produzir os levantamentos de precificação de veículos novos e usados. Segundo a consultoria, o processamento é realizado por um complexo algoritmo alimentado semanalmente por uma base com mais de 800 mil informações de preços de diferentes fontes do mercado.
Além disso, todos os dados são avaliados diariamente por uma análise rígida de uma equipe de especialistas para garantir a validação dos preços publicados no site de acordo com a realidade brasileira. (AutoIndústria)