Agronegócio e construção puxam vendas no segmento de máquinas

AutoIndústria

 

Em meio a números negativos no acumulado deste ano por causa da pandemia da Covid-19, o segmento de máquinas agrícolas e de construção é destaque positivo, sendo o único com perspectiva de encerrar o ano com vendas internas em alta, conforme as novas projeções da Anfavea para o setor automotivo.

 

Enquanto o mercado de veículos, incluindo leves e pesados, tende a cair 31%, com pouco mais de 1,92 milhão de unidades, o de máquinas deve encerrar o ano com crescimento de 5%, atingindo algo próximo de 45,9 mil unidades.

 

A expansão prevista é de 3% no caso das máquinas agrícolas, que atingiriam 40,5 mil unidades ante as 40,4 mil de 2019, e de expressivos 20% em 2020, contra as 3,4 mil do ano passado. Em julho, quando também havia divulgados projeções para o ano, a Anfavea já estimava expansão para os tratores, colheitadeiras etc., mas acreditava em queda no caso das máquinas rodoviárias, que estão em alta graças à movimentação maior na construção civil.

 

A produção não deve acompanhar o aumento das vendas internas e pode até cair 4% no ano por causa das exportações em queda. Por causa da Covid-19, os principais mercados compradores enfrentam problemas econômicos e a Anfavea projeta recuo de 31% nas exportações do segmento, para 8,9 mil unidades.

 

O mercado interno de máquinas agrícolas e de construção registra alta de 0,9% no acumulado de janeiro a setembro, com 33,3 mil unidades comercializadas este ano ante as 33 mil do mesmo período de 2019.

 

Segundo o vice-presidente da Anfavea ligado ao setor de máquinas, Alfredo Miguel, os fabricantes têm conseguido calibrar a produção à demanda atual do mercado. O agronegócio já vinha bem desde o início do ano, com perspectiva de nova safra recorde, mas a construção civil só reagiu neste segundo semestre, puxando negócios novos não esperados no meio do ano pelos fabricantes. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)