Elétricos representam apenas 0,03% do mercado

Jornal do Carro

 

Com o lançamento do Toyota Corolla híbrido, no final do ano passado, a participação de modelos eletrificados cresceu no País. A modalidade inclui, além dos híbridos, os puramente elétricos. De acordo com a Chevrolet, no primeiro semestre deste ano foram emplacados cerca de 7.500 automóveis que se enquadram nessa categoria, o que representou três vezes o volume registrado no mesmo período do ano passado. Além do Corolla – o maior responsável por puxar para cima esses números –, com aproximadamente 3.700 unidades no período (ou a metade do total), algumas marcas, como Volvo e Lexus, estão investindo fortemente nos híbridos. Toda a gama da japonesa Lexus é vendida com propulsão híbrida. Na sueca Volvo, o único modelo que ainda dispõe de versão apenas a gasolina é a perua V60.

 

Mas, se é possível dizer que os automóveis com propulsão híbrida já são uma realidade no País, quando o assunto envolve os puramente elétricos a história muda. Nessa categoria, o mais vendido no Brasil no primeiro semestre foi o Chevrolet Bolt, que teve apenas 82 unidades emplacadas. Segundo a montadora, que traz o modelo dos EUA, as entregas começaram em fevereiro.

 

Atualmente, há oficialmente 12 modelos elétricos à venda no Brasil, contando o Porsche Taycan (que teve a pré-venda iniciada no início deste mês, a partir de R$ 589 mil) e o Audi e-tron Sportback, que está chegando por R$ 511.990, na modalidade venda direta.

 

Os dez automóveis da categoria que estavam à venda no primeiro semestre tiveram venda total de 239 unidades. Os números são da Abeifa, associação que reúne importadoras e fabricantes de veículos. O volume corresponde a 0,03% do total de automóveis e comerciais leves v e ndi dos no per í odo (763.280 emplacamentos, segundo a Anfavea).

 

Esse total não inclui os números referentes ao SUV Audi etron, lançado no final de abril. A empresa apenas informou que entregou “mais de 80” unidades até o final de julho. O e-tron custa a partir de R$ 531.990.

 

As baixas vendas dos veículos elétricos estão relacionadas aos preços altos. O modelo mais barato do País, o subcompacto chinês JAC IEV20, custa a partir de R$ 139.900. Na sequência vem o compacto Renault Zoe, com preço estipulado a partir de R$ 147.990. Como comparação, o híbrido Corolla Altis (bem mais espaçoso e confortável) custa R$ 137.890.

 

Na lista dos elétricos mais vendidos do Brasil, o Bolt (R$ 223.890) foi seguido pelo Jaguar I-pace (a partir de R$ 487.950), que teve 46 unidades vendidas nos seis primeiros meses do ano. Em terceiro lugar aparece o SUV compacto JAC IEV40, que custa a partir de R$ 189.900 e teve 32 unidades emplacadas no período.

 

O BMW i3 (que tem preço inicial de R$ 229.950) aparece na quarta colocação, com 29 vendas. O Renault Zoe ficou na quinta posição, com 21 unidades emplacadas.

 

Na sequência vem o JAC IEV20, com 15 unidades, e o Nissan Leaf (R$ 209.990), com 13 vendas. Ainda entre os elétricos há o sedã Caoa Chery Arrizo 5e, que custa R$ 159.900.

 

Há novidades a caminho. O novo Peugeot 208, que chega ao País no mês que vem, terá uma versão elétrica. Além disso, para o ano que vem a Fiat irá retomar a importação do novo 500, agora produzido somente com motor elétrico. Também para o ano que vem, a Audi confirmou a chegada do e-tron GT. (Jornal do Carro/Hairton Ponciano)