Portal Mie/Mainichi
O declínio, que seguiu uma queda de 46,7% em abril, foi o mais acentuado desde 1967, quando dados comparáveis se tornaram disponíveis. O resultado foi pior do que a queda recorde anterior de 60,1% em abril de 2011, quando um massivo terremoto e tsunami no nordeste do Japão causaram extensas interrupções nas redes de fornecimento.
A produção doméstica deve ter um declínio mais leve nos próximos meses. Montadoras japonesas reiniciaram gradualmente a produção em junho, embora seja improvável que o volume retorne logo aos níveis antes da pandemia, visto que as infecções continuam aumentando em alguns grandes mercados.
A Mazda disse que sua produção nacional em maio caiu 83,6% após uma queda de 86,5% em abril. A Nissan, a terceira maior montadora do Japão em volume, registrou seu maior declínio mensal de 78,7% em maio. A Subaru também registrou uma queda mensal na produção doméstica de 77,8% no mês reportado.
A Toyota, a montadora líder do Japão, disse que sua produção doméstica caiu 57% para 122.744 veículos no mês.
Produção no exterior
A produção combinada do exterior das 8 montadoras caiu 61,7% para 629.256 veículos em maio, melhorando ligeiramente de uma queda de 67,9% em abril graças à recuperação da demanda na China.
A Subaru, que tem somente uma fábrica no exterior nos EUA, viu uma queda de 87,7%, enquanto a Suzuki disse que sua produção internacional caiu 92,7% devido amplamente à desaceleração da demanda na Índia, seu maior mercado, apesar de retomada parcial de produção no país.
Na China, a produção da Mazda cresceu 58,1%, enquanto a Toyota e a Nissan registraram aumentos de 13,5% e 2,1%, respectivamente, em comparação ao ano anterior, visto que o surto de coronavírus no país diminuiu, disseram as companhias.
As exportações das 8 montadoras em maio caíram 67,3% para 110.996 veículos em comparação ao mesmo mês no ano passado devido à produção em queda e fraca demanda nos mercados do exterior.
Em relação à Toyota, a pandemia fez com que sua produção global em maio caísse 54,4% ante o ano anterior para 365.909 veículos, a queda mais acentuada desde 2004 quando dados comparáveis se tornaram disponíveis.
Suas vendas globais caíram 31,8% para 576.508 veículos no mês reportado, embora tenha sido uma melhora da queda de 46,3% em abril.
A gigante dos automóveis disse que sua produção global caiu pelo quinto mês consecutivo, com a produção no exterior diminuindo 53% para 243.165 unidades devido a pedidos para ficar em casa e queda na demanda em todo o mundo.
A produção da Toyota caiu 78,5% na América do Norte e 58,9% na Europa devido amplamente à fraca demanda em meio à pandemia de Covid-19.
A Honda, a segunda maior montadora do Japão em volume, disse que sua produção global caiu 51,8% para 221.601 veículos em maio, marcando o décimo mês consecutivo de declínio. Mas a produção na China quase se recuperou ao nível no mesmo mês do ano passado, caindo 1,4%. (Portal Mie/Mainichi)