AutoIndústria
Eles chegaram lá! Em maio, pela primeira vez na história, os SUVs formaram o segmento de maior participação no mercado brasileiro de automóveis.
Dos 44,1 mil carros de passeio licenciados no País, 14 mil unidades, 31,8%, foram de utilitários esportivos. Históricos líderes, os hatches pequenos caíram para o segundo lugar, com 12,1 mil unidades licenciadas e participação de 28,6%.
É certo que a turbulência gerada pelo fechamento forçado das concessionárias e a inatividade de alguns Detrans foram decisivas para essa ascensão momentânea dos SUVs ao topo do mercado.
Mas também é certo, ou quase, segundo os especialistas, que o segmento deve se estabelecer, em breve, como responsável por quase um terço do mercado brasileiro.
No acumulado dos cinco primeiros meses de 2020, com 148,3 mil emplacamentos, os SUVs detiveram 27,8% do mercado, sua melhor marca anual até hoje. Os hatches pequenos somaram 174,9 mil licenciamentos e lideram com 32,7% das vendas.
A diferença entre eles, contudo, nunca foi tão pequena. No mesmo período do ano passado, a vantagem era de mais de 9 pontos porcentuais, 34,2% contra 25%.
Já no encerramento de 2019, caiu para 6,4 pontos: dos 2,26 milhões de automóveis vendidos, os hatches pequenos responderam por 33% e os SUVs, por 26,6%.
O crescimento dos utilitários esportivos no mercado brasileiro é vertiginoso e segue tendência mundial iniciada na primeira metade desta década. Há apenas quatro anos, responderam por 18% das vendas e foram terceiro segmento mais vendido do País, atrás também dos modelos de entrada (20,7%) e mais de 8 pontos porcentuais atrás do hatches pequenos.
O Jeep Renegade segue na liderança do segmento em 2020, com 16,6 mil licenciamentos até maio, mas agora seguido muito de perto pelo Volkswagen T-Cross, que acumulou 15,1 mil unidades e ultrapassou o Compass, outro Jeep, com 14,4 mil emplacamentos. (AutoIndústria/George Guimarães)