Portal G1
A General Motors anunciou nesta segunda-feira (18) a retomada da produção de veículos em São Caetano do Sul (SP). Com reinício gradual, as atividades terão como foco o novo Tracker, lançado no início do período de quarentena pela pandemia do coronavírus.
Neste primeiro momento, o retorno será apenas para os trabalhadores do primeiro turno. Questionada pelo G1, a GM não respondeu quantas pessoas voltaram ao trabalho e se elas permanecem com acordos de redução de jornada.
De acordo com a marca, foi estabelecido um rígido protocolo de prevenção para garantir a segurança dos funcionários.
Entre as medidas, estão o uso de máscaras, reforço da higiene, distanciamento social (com adaptações em transportes e refeitórios), medição diária de temperatura corporal, formulário digital de autodeclaração de saúde, além de um monitoramento de casos suspeitos.
“Ele o protocolo é baseado nas orientações globais da GM e aprendizados que tivemos das nossas operações que já retomaram na China e na Coreia do Sul, e foi testado pelas equipes que estão nas fábricas consertando respiradores”, disse Luiz C. Peres, vice-presidente de manufatura da GM América do Sul.
A GM afirmou que manterá as outras atividades de combate ao coronavírus iniciadas durante a paralisação, como a produção de máscaras e o conserto de respiradores.
Tombo histórico na produção
Em abril, a indústria automotiva registrou sua maior queda na história. Com praticamente todas as fábricas do setor paradas por causa do coronavírus, a produção despencou 99%, segundo a associação das fabricantes, Anfavea.
No último mês, foram produzidos 1.847 automóveis, comerciais leves (picapes e furgões), caminhões e ônibus, contra 267.561 no mesmo período no ano passado.
A Covid-19 também causou uma queda de 76% nos licenciamentos de veículos, que foram de 231.936 unidades em abril de 2019 para 55.735 em 2020. Em comparação a março, com 163.625, a redução foi de 65,9%.
De acordo com a entidade, o Brasil é o 6º país com maior queda no número de licenciamentos no mundo comparando os meses de abril – desconsiderando a China, que não divulgou números. (Portal G1)