BNDES negocia “crédito âncora” aos fornecedores mais afetados pela pandemia

O Estado de S. Paulo

 

O BNDES começou a estruturar uma linha de financiamento para apoiar a cadeia de fornecedores de segmentos mais afetados pela pandemia do novo coronavírus. O orçamento está sendo definido, mas deve somar, ao menos, R$ 2 bilhões e o primeiro candidato a acessar os recursos deverá ser o setor de varejo, segundo apurou o Estadão/Broadcast.

 

Batizada de “crédito âncora”, a modalidade já foi utilizada pelo BNDES em outras ocasiões. A ideia é que as grandes empresas atuem como repassadoras de recursos do banco de fomento a sua cadeia de fornecedores. Assim, pequenas e médias empresas poderão ter acesso a condições de crédito melhores, aproveitando-se da qualidade do risco de grupos maiores.

 

Conversas já têm ocorrido entre representantes do BNDES e entidades do setor de varejo. Outros segmentos que também foram afetados na crise, como o automotivo, também são elegíveis ao chamado “crédito âncora”.

 

No passado, o BNDES aprovou operações de apoio a fornecedores. Dentre as empresas que acessaram os recursos, estiveram nomes como O Boticário e Renner. Enquanto na empresa de cosméticos o objetivo foi financiar a rede de franqueados, na rede varejista o apoio foi a fornecedores nacionais, emprestando recursos para a modernização de fábricas, por exemplo.

 

O banco de fomento tem coordenado a ajuda ao lado de bancos privados a segmentos que tiveram seus negócios corroídos pelas medidas de isolamento, essenciais para combater a propagação do vírus. (O Estado de S. Paulo/Aline Bronzati)