Brasil encerra abril com 5.901 mortes e 85.380 casos de coronavírus

O Estado de S. Paulo

 

O Brasil encerra o mês de abril com um total de 5.901 óbitos e 85.380 pessoas contaminadas pelo novo coronavírus. Nas últimas 24 horas, o País registrou 435 mortes e 7.218 novos casos de contaminação de covid-19, informou o Ministério da Saúde.

 

O número de 7.218 casos registrados em apenas um dia é um recorde até agora, o que evidencia a expansão da doença e o aumento do número de testes pelo País.

 

Epicentro da doença no País, São Paulo tem 2.375 mortes pelo novo coronavírus, 128 registradas nas últimas 24 horas, um aumento de 6% em relação ao balanço de quarta-feira. O total de casos confirmados é de 28.698, um aumento de 10%.

 

O Rio de Janeiro, segundo Estado com maior número de contaminações e mortes, registra 854 óbitos e 9.453 contaminações, seguido por Pernambuco (565 mortes e 6.876 casos), Ceará (482 mortes e 7.606 casos) e Amazonas (425 mortes e 5.254 casos).

 

Segundo uma previsão do Imperial College de Londres divulgada ontem, que avaliou a tendência da epidemia em 48 países, o número de mortes por coronavírus no Brasil pode chegar a quase dez mil até o próximo domingo. O relatório semanal da instituição sobre a situação da pandemia diz que o País tem, neste momento, a pior situação do mundo com o número de casos “em provável crescimento” e um registro “muito grande” de óbitos.

 

O País também apresenta, de acordo com os dados da pesquisa, o maior número de reprodução de casos de covid-19 do mundo, 2,8. Este número indica para quantas pessoas um infectado transmite a doença. O índice registrado no Brasil indica que que cada doente transmite para aproximadamente três outras pessoas; um forte indicativo de que a velocidade do crescimento da infecção é alto.

 

A Imperial College é uma das mais conceituadas do mundo em modelagem matemática e vem publicando projeções desde que a epidemia chegou à Europa. Foi por conta de números apresentados pela instituição que o primeiro ministro do Reino Unido, Boris Johnson, se convenceu de que o isolamento social era a única medida possível para evitar um número catastrófico de mortes no país.

 

Ontem, dia em que o relatório da instituição foi publicado e que o Brasil registrou mais 449 mortes e um recorde de 6.276 novos casos confirmados de coronavírus em 24 horas, o presidente Jair Bolsonaro decidiu flexibilizar o isolamento social, ampliando a lista de serviços essenciais que podem funcionar durante o período de enfrentamento ao novo coronavírus no País. O decreto inclui atividades relacionadas a alimentação, atendimento bancário, mecânica automotiva, transporte e armazenamento de cargas, além daqueles exercidos por start-ups. (O Estado de S. Paulo/André Borges e Júlia Lindner)