AutoIndústria
As vendas mundiais de veículos do Grupo Renault, que reúne modelos da Renault, Dacia, Lada, Samsung, Alpine e da joint venture Jimbei-Huasong, somaram 673 mil unidades nos primeiros três meses de 2020. Em igual período do ano passado, haviam ultrapassado 908 mil veículos. A queda de 25,9% reflete a paralisação das atividades comerciais ao longo de março em quase todos os principais mercados.
A Europa, continente que responde por mais da metade das vendas globais da montadora francesa, apresentou o pior desempenho no período e foi o principal responsável pela baixa total. Foram entregues aos consumidores europeus somente 321,8 mil veículos, 36% a menos do que no primeiro trimestre de 2019.
Os negócios da empresa em outros continentes caíram, na média, 13,4%. Nas Américas, limitaram-se a 76,6 mil unidades, recuo de 21,7% – só o Brasil absorveu 41,4 mil e encerrou o trimestre como o quarto maior mercado da montadora, atrás da Rússia (115,7 mil), França (110 mil) e da Alemanha (43,3 mil).
Na China, onde a Renault acaba de anunciar o fim da joint venture com a Dongfeng para produção e venda de automóveis de passeio, foram negociados somente 21,1 mil veículos, 50% a menos do que nos primeiros três meses de 2019, a maior queda mundial da empresa. O segundo índice negativo mais elevado foi registrado exatamente na França: baixa de 38%.
Com esse desempenho, as receitas mundiais também declinaram de forma significativa no primeiro trimestre e fecharam em € 10,1 bilhões, 19,2% abaixo de 2019.
“Até o momento, ainda não é possível avaliar o impacto que essa pandemia terá nos resultados do grupo” em 2020, afirmou a empresa, que se compromete a retomar vendas e produção somente em países “onde as condições regulatórias e de segurança permitem”. (AutoIndústria)