Honda suspende produção até 25 de junho e reduz parte dos salários

AutoIndústria

 

Com o objetivo de assegurar a saúde e segurança dos colaboradores, bem como adequar a produção à demanda atual do mercado, a Honda Automóveis decidiu suspender a produção em suas fábricas de Sumaré e Itirapina, no interior paulista, até 25 de junho.

 

A suspensão do contrato de trabalho a partir da próxima segunda-feira, 27, com redução salarial para parte dos empregados, foi aprovada pelos trabalhadores das duas unidades em assembleias virtuais promovidas pelos Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Limeira, que abrangem suas respectivas regiões, na última terça-feira, 21.

 

A decisão de parar por mais dois meses, segundo nota da montadora divulgada na noite desta quarta-feira, 22, decorre do avanço da pandemia da Cvid-19. A Honda informa que a maior parte dos colaboradores envolvidos no processo produtivo terá o contrato de trabalho temporariamente suspenso por 60 dias, conforme os termos previstos na medida provisória 936.

 

“Nesse período, por meio de ajuda compensatória, será mantido de 75% a 100% da renda líquida atual do colaborador, o que vai além da exigência legal prevista na MP”, destaca a montadora, sem revelar, no entanto, qual a faixa salarial que não será afetada. A Honda só informa que o desconto vai variar de 0% a 25% e será escalonado conforme faixas salarias, sendo maior para os trabalhadores que ganham mais.

 

A maioria das montadoras está adotando medidas relativas à área trabalhista com base na MP 936, editada em 2 de abril justamente por causa do isolamento social imposto pelo novo coronavírus. Em alguns casos, como o da Volkswagen, o rendimento líquido do trabalhador foi mantido, com o governo pagando uma parte e a montadora complementando o restante.

 

Ainda segundo a nota, a empresa está, a cada momento, revisando as contramedidas em resposta aos desafios impostos pelo avanço da Covid-19, “priorizando a segurança e saúde das pessoas, a conformidade às diretrizes governamentais para conter o avanço da pandemia e a sustentabilidade dos negócios”. (AutoIndústria)