Estradão
Os ônibus elétricos produzidos pela BYD agora podem ser financiados por meio da Finame. A novidade pega carona da resolução aprovada no ano passado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que passou a oferecer linhas de crédito para a compra de veículos comerciais elétricos.
A BYD previa vender de 120 a 150 ônibus este ano no Brasil. Os executivos da marca acreditam que a nova modalidade de crédito ajudará a compensar a queda nas vendas causada pelo avanço do novo coronavírus. A empresa também aposta na renovação de frotas municipais.
Diretor institucional e da unidade de ônibus elétricos da BYD, Marcello Schneider diz que há negociações em andamento. De acordo com ele, as conversas vêm ocorrendo com prefeituras interessadas em adquirir ônibus elétricos.
Bateria de ônibus elétricos podem ser alugadas
Há duas opções de financiamento dos veículos da BYD. O cliente pode adquirir o ônibus completo, incluindo as baterias, ou comprar apenas o ônibus e alugar as baterias de empresas terceiras, indicadas pela BYD. “As baterias correspondem por 50% do valor do veículo” diz Schneider. “Com essa flexibilização, o cliente pode escolher melhor modelo de negócio de acordo com o tipo de operação de sua empresa.”
No caso de locação das baterias, a empresa recomendada pela BYD é a responsável pela garantia, manutenção e reciclagem das baterias. A duração do contrato varia conforme a negociação. O prazo máximo é de 15 anos. Segundo Schneider, esse é o período médio de operação de um ônibus elétrico.
Plano pelo BNDES
No caso da Finame, o BNDES financia 80% do bem com pagamento em até dez anos, com dois anos de carência. Os 20% restantes podem ser quitados durante o período de carência em oito parcelas trimestrais.
A taxa de juros é de 1,8% ao ano, mais variação da TLJ (Taxa de Longo Prazo) conforme o índice IPCA. Há ainda a taxa de risco mínimo, que varia de 3% a 8% ao ano, de acordo com o perfil do cliente.
No Brasil, a BYD oferece dois tipos de ônibus, ambos elétricos. O de entrada na linha é o micro-ônibus D7M de piso baixo. O outro é o D9W Padron, com 12,5 metros de comprimento e versões de piso baixo e alto.
Novidades a caminho
A BYD informa que pretende lançar um ônibus articulado no Brasil ainda no primeiro semestre. O modelo, com 22 metros de comprimento, poderá ser adquirido por meio de financiamento a partir do ano que vem.
Schneider diz que os ônibus elétricos oferecem várias vantagens em relação aos com motor a combustão. Ele destaca o menor custo operacional, que pode chegar a 70%. Além disso, a quantidade de peças é reduzida, o que facilita a manutenção e reduz o número e o tempo de paradas na oficina.
A autonomia dos ônibus elétricos 100% carregados é de até 220 km para o modelo micro e de 300 km para a versão de 12,5 metros. O carregamento leva 3 horas. (Estradão)