Jornal do Carro
O Salão de Nova York foi oficialmente adiado para agosto. A mudança de data ocorre por conta da epidemia do coronavírus, causador da doença Covid-19. O Salão ocorrerá entre os dias 26 de agosto e 6 de setembro. O anúncio foi feito pela Associação de Concessionários de Automóveis de Nova York, organizadora do evento.
A mudança de data fará todas as fabricantes reagendarem suas estreias programadas para Nova York. Isso poderá colocar em xeque a participação de algumas. Há a possibilidade de as montadoras organizarem um “salão digital”, com as apresentações programadas para o período do evento ocorrendo pela internet ou em eventos menores. A estratégia será usada por algumas marcas no Salão de Genebra, que teria ocorrido na semana passada.
Além disso, a nova data colocou o Salão de Nova York próximo do Festival de Goodwood e do Salão de Detroit, que também mudou de data para 2020. O evento da Grande Maçã já havia saído do calendário de Audi, BMW e Mercedes-Benz, e a proximidade com outros eventos grandes poderá levar outras montadoras junto.
O adiamento do Salão de NY vem depois do governador do estado, Andrew Cuomo, confirmar mais 31 casos de infecção por coronavírus. Ao todo, o estado já soma 173 casos da doença.
O salão é o segundo evento vitimado pela epidemia. O Salão de Genebra foi cancelado após as autoridades locais proibirem eventos que concentrem mais de mil pessoas. O cancelamento ocorreu às vésperas da abertura da mostra.
O aumento do número de casos de coronavírus já preocupa as indústria no Brasil. Presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes afirmou, na sexta-feira, 6, que há risco de paralisação da produção. O executivo diz que as linhas podem parar no fim de março ou em abril.
Apesar do alerta, o executivo buscou mostrar tranquilidade. Moraes ressaltou que os fornecedores internacionais estão espalhados pelo mundo. Da China vêm 13% das autopeças importadas pelo Brasil. (Jornal do Carro)