Mulher; FCA alerta sobre preconceito no trânsito.

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“O volante que você está conduzindo é errado. O correto seria uma tampa de panela”. Por incrível que pareça, ainda há comentário do gênero quando uma mulher está dirigindo um carro, como revela Viviane Andrea de Carpini, 40 anos, uma das primeiras motoristas de aplicativo de mobilidade em Belo Horizonte, MG.

 

Viviane é uma das entrevistas pela FCA, Fiat Chrysler Automobiles, que em homenagem ao Dia da Mulher, comemorado em 8 de março, está divulgando o filme Mulheres na Direção, que tem duração de 3 minutos e meio e traz a história de três mulheres que contam sobre a paixão por dirigir e como reagem às atitudes machistas, quando estão atrás do volante.

 

Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=eRQxa1fMmrc&feature=youtu.be

 

“Mulher no volante, perigo constante! Já escutei isso muitas vezes”, revela outra entrevistada no vídeo, a técnica em enfermagem Helena Cristina dos Santos Bastos, 63 anos. Uma frase que os números relativos ao trânsito deixam claro ser sem sentido.

 

Segundo dados divulgados pela Seguradora Líder, responsável por administrar o seguro obrigatório no País (DPVAT), apenas 15% das indenizações pagas no Brasil a motoristas por acidentes de trânsito foram destinadas a mulheres. E de acordo com levantamento do Detran SP, 40% das 24 milhões de CNHs, Carteiras Nacionais de Habilitação, registradas no Estado de São Paulo pertencem a mulheres.

 

“Eu amo dirigir e sei que eu sou competente no que eu faço”, diz a motorista de teste da FCA, Mariana Ribeiro, 31 anos, ao destacar não haver nenhuma diferença biológica que torna os homens mais aptos a dirigir do que as mulheres. Mariana Ribeiro tem um filho de 12 anos e faz questão de desconstruir preconceitos dentro de casa também. “Acredito que a geração dele será diferente”.

 

O diretor de comunicação e sustentabilidade da FCA para a América Latina, Fernão Silveira, lembra que o trânsito é um ambiente coletivo e, por isso, é importante garantir igualdade de tratamento a todas as pessoas. “O número de mulheres em funções que eram consideradas tipicamente masculinas, como motoristas, está crescendo, mas elas ainda ouvem piadas e comentários preconceituosos. Não há espaço para isso na sociedade”, afirma o executivo.

 

Público feminino

 

A FCA informa que tem uma plataforma de Inclusão e Diversidade, que tem como um dos objetivos justamente fortalecer políticas e práticas de equidade de gênero. Além de ter sido pioneira no setor automotivo a ingressar no Movimento Mulher 360, a empresa passou a monitorar o número de mulheres no plano de sucessão, com foco da equidade na liderança. Também mudou os do processo seletivo do programa de estágio, de forma a garantir paridade de vagas para mulheres e negros.

 

“A diversidade e a inclusão aumentam o potencial da inovação e, consequentemente, a competitividade dos nossos negócios. Além de atrair profissionais de diferentes grupos para que haja representatividade, é fundamental o trabalho contínuo de conscientização preparando a organização para que essas pessoas sejam verdadeiramente incluídas, não só os novos profissionais, mas aqueles que já estão dentro da organização, para galgarem postos de maior expressão”, afirma a diretora de Recursos Humanos da FCA para a América Latina, Érica Baldini. (AutoIndústria)