Sistema de consórcios prevê crescimento de 12% em novas adesões para 2020

Frota & Cia

 

De acordo com estudos realizados pela assessoria econômica da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios estimam aumento de vendas de novas cotas variando de 7% a 12%. Dessa forma, mantendo o crescimento de 2019, que registrou recorde histórico de 2,87 milhões de adesões.

 

Os bons números do segmento foram registrados mesmo com as oscilações político-econômicas vivenciadas no primeiro ano do novo governo. Além disso, devemos considerar um saldo advindo de reaquecimento pós-crise.

 

A estimativa considera principalmente a constante redução das taxas de juros, promovida a partir dos cortes feitos pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central, inflação abaixo da meta, bem como as reformas da previdência, já aprovada, e o encaminhamento da tributária e da administrativa, “permitimo-nos avaliar um cenário melhor para o mercado consumidor, já considerando a paulatina recuperação dos empregos e o incremento de novos empreendedores”, explica Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da entidade.

 

Os ajustes periódicos realizados na taxa básica de juros, por exemplo, provocam duas reações no mercado consumidor. A primeira é o desestímulo dos investidores em aplicações financeiras com baixa rentabilidade. Assim, a segunda está nas pessoas que ficam mais propensas a comprar no presente, abdicando do objetivo de poupar para utilizar no futuro. Com o aquecimento do consumo, as empresas deverão produzir mais, trazendo crescimento econômico.

 

De acordo com Rossi, “o brasileiro, ao observar pouca possibilidade de rendimentos, opta por consumir. Já para aquele que gere suas finanças pessoais com planejamento, tem no consórcio a oportunidade de concretizar seus objetivos de forma simples, econômica e consciente, sem se deixar levar pela impulsividade”.

 

Automotores elevam otimismo

 

O bom resultado alcançado no ano passado, 10,4% acima das adesões de 2018, sinalizam a probabilidade de aceleração em 2020. Sendo assim, ao acompanhar as projeções da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores e da Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores de aproximadamente 9% a 10% na produção e na comercialização de veículos, a presença dos consórcios, incluindo novos e seminovos, poderá alcançar marcas significativas ao longo deste ano.

 

No maior segmento do Sistema, os automotores, que representam mais de 80% dos atuais participantes ativos, a expectativa é de um aumento entre 7% e 15% na comercialização de novas cotas, de acordo com as características de cada mercado. “Não é fácil fazer projeções, especialmente quando vivenciamos constantes influências internas e externas. N entanto, acreditamos em avanços entre 7% e 10%, para veículos leves. Em até 20% para veículos pesados, incluindo máquinas e implementos agrícolas para o agronegócio, e de 4% a 7% para motocicletas.”, avalia Rossi. (Frota & Cia/André Garcia)