Volvo quer aumentar vendas de seus carros elétricos no Brasil

Revista Encontro

 

Quem ainda gosta de carros e é bom observador, deve ter notado o crescimento de veículos da marca Volvo em circulação nas estradas e centros urbanos do Brasil. Da imagem de patinho feio e de carros difíceis de se livrar dos tempos iniciais da abertura da economia brasileira, a marca sueca vem, nos últimos anos, registrando crescimento de vendas.

 

Esse é o resultado, segundo os porta-vozes da marca no país, da política de transparência que vem sendo adotada com relação aos custos de manutenção, que permite aos clientes saberem com antecedência quanto vão gastar com as revisões. É também consequência de uma política de preços dos veículos zero km que torna os Volvos competitivos em relação às demais marcas importadas do segmento premium (mesmo sem planos de produção no país, o que a exclui dos incentivos automotivos federais). Para 2020, a estratégia de continuar aumentando sua participação no mercado continua agora apostando nos carros eletrificados. É uma política mundial da Volvo.

 

Em 2019, até o mês de outubro, 6.015 carros híbridos e elétricos foram vendidos no mercado nacional por 14 montadoras. A Volvo teve boa participação nesse resultado, sendo a única a contar com uma versão híbrida em quase todos os modelos de seu portfólio – a versão híbrida plug-in do XC40 chegará no primeiro trimestre de 2020. Em 2021, 100% da gama de produtos da marca será eletrificada.

 

Isso se reflete em seus resultados. Nos 10 primeiros meses de 2019, a fabricante comercializou 884 unidades de carros híbridos plug-in, na qual é líder no segmento premium (contra 136 carros no mesmo período de 2018, um crescimento de 650%). Em outubro, essa condição foi reforçada com a venda de 135 unidades, compostas pelos utilitários esportivos XC90 e XC60, além dos sedãs S90 e o recém-lançado S60, todos equipados com o motor T8, de 407 hp. A Volvo Car Brasil fecha 2019 com 22% de vendas de seu portfólio eletrificado. Essa porcentagem deve chegar a 40% no ano que vem, o que significam 4 mil veículos eletrificados da marca, ajudado pelo lançamento do SUV XC40 híbrido plug-in.

 

Globalmente, a Volvo Cars espera vender, até 2025, 1 milhão de veículos eletrificados. Metade desse volume será de carros totalmente elétricos. Os outros 50% virão dos híbridos plug-in. Ela foi a primeira montadora de automóveis a se comprometer com a eletrificação total e a eliminação progressiva de veículos movidos apenas por um motor de combustão interna. A partir deste ano, todo novo Volvo lançado será eletrificado. A marca também se comprometeu a lançar um novo carro elétrico por ano nos próximos cinco anos.

 

No Brasil, como protagonista na criação da necessária infraestrutura para a viabilização dos veículos eletrificados, a Volvo Cars vai instalar 500 postos de recarga (eletropostos) de modelos híbridos e elétricos plug-in em pontos estratégicos do país, informou Luís Rezende, presidente da Volvo Car Brasil e head de América Latina. O fabricante sueco firmou parceiras com o grupo GPA (Extra e Pão de Açúcar), rede de shoppings Iguatemi, redes de estacionamento Estapar, Autovagas e PareBem, além da incorporadora Idea! Zarvos e a sua própria rede de 36 concessionários, somando um investimento de 5 milhões de reais.

 

O futuro da Volvo é elétrico. Essa frase se tornou o mantra do fabricante. Anunciada no mês passado, a estratégia prevê a redução de 40% da “pegada de carbono” por carro em 2025, quando comparado a 2018. Por aqui, a Volvo avança na oferta de veículos híbridos plug-in e lança a nova versão T8 Polestar Engineered para o sedã esportivo S60 e o utilitário esportivo XC60. No total, a fabricante sueca disponibiliza no mercado nacional oito versões equipadas com a motorização híbrida T8, de 407 hp de potência. Além das duas novas variantes Polestar Engineered, a oferta inclui o S60 T8 R-Design, o XC60iT8 R-Design, XC90 T8 Inscription, R-Desig e Excellence, e o S90 T8 Inscription.

 

Os modelos Polestar Engineered trazem, externa e internamente, detalhes de design específicos que refletem a esportividade. O nome Polestar se refere ao chassi exclusivo. As molas são mais rígidas e podem abaixar ou elevar a carroceria de 10 mm a 15 mm. Isso garante ao motorista uma condução mais esportiva dos modelos, principalmente em curvas, em função da melhor aderência, menor centro de gravidade e pouca rolagem do veículo.

 

Os modelos combinam o motor Drive-E Turbo Supercharger de 2 litros e 4 cilindros, que produz 320 hp, com um motor elétrico de 87 hp, alimentado por uma bateria de íons de lítio de alta capacidade (11,6 Kwh). Juntos, geram 407 hp de potência máxima e torque de 640 Nm. Os veículos apresentam desempenho impressionante, que fazem o S60 e o XC60 irem de 0 a 100 km/h em apenas 4,4 segundos e 5,3 segundos, respectivamente. O S60 T8 Polestar Engineered tem preço sugerido de 309.950 reais e o XC60 T8 Polestar Engineered sai por 335.950 reais. (Revista Encontro/Fábio Doyle)