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Diretor executivo da Volkswagen, Herbert Diess disse que assiste com preocupação a atual situação da montadora. No momento, o foco da Volkswagen é aumentar seu valor de mercado para 200 bilhões de euros em vez dos atuais 91 bilhões. A montadora prevê conseguir isso renovando ativos, reduzindo custos e se expandindo para outros mercados.
Em reunião global de gerentes seniores, Diess foi cético quanto ao crescimento da fabricante e sua velocidade de pesquisa e desenvolvimento.
“A grande questão é: estamos sendo rápidos o suficiente?”, falou ele. “Se continuarmos nesta velocidade atual, será muito difícil”.
Ainda segundo ele, “a era das montadoras clássicas acabou” e a Volkswagen precisa deixar de ser uma simples fabricante de carros para também fazer veículos autônomos e conectados, o que requer ganho de eficiência. Ainda há a legislação antipoluição cada vez mais presente, o que demandará uma aceleração na produção de veículos elétricos e de baterias.
Por isso, Diess encara o momento atual como “provavelmente o desafio mais difícil que a Volkswagen já enfrentou”, já que após fazer tudo que propõe, a montadora pretende não diminuir suas margens de lucro.
Assim, ele quer que a marca se concentre mais no lucro e menos no volume de produção. “Pegue a Bentley, por exemplo, 10 mil entregas”, justificou Diess. “Seria ainda mais impressionante se tivéssemos uma margem maior que zero. Se eu fosse totalmente honesto, teria preferido 5 mil entregas e uma margem superior a 20%”.
Por fim, Diess afirmou que o foco da Volkswagen são seus pontos fortes. A montadora promete desistir de tudo que não lhe estiver agregando, e por isso quer rever seu portfólio de empresas. A marca no momento procura novos donos para Renk, MAN Energy Solutions e a subdivisão Traton, que lida com caminhões. (UOL Carros)