AutoIndústria
A Jeep Gladiator está se tornando uma verdadeira papa-títulos nos Estados Unidos em muito pouco tempo. Depois de ser nomeada a Picape Norte-Americana de 2020 NACTOY (The North American Car, Utility and Truck of the Year), que leva em conta a avaliação de cinquenta jurados dos Estados Unidos e Canadá, acaba de ser eleita a Picape do Ano 2020 pela revista Four Wheeler, publicação norteamericana especializada no segmento de 4×4.
Mas a melhor notícia para os brasileiros amantes do off-road, porém, é que o utilitário, apresentado na edição de 2018 do Salão de Los Angeles com motor V6 de 285 cavalos a gasolina e que, a partir deste ano, conta com um diesel de 3 litros e 260 cavalos, tem sua importação assegurada para cá durante o segundo semestre deste ano.
O problema é que para ter uma Gladiator na garagem, os interessados terão de desembolsar, especula-se, algo acima de R$ 300 mil. Mas como a própria Jeep não divulgou qualquer número oficial, ainda vale a torcida por um valor menos salgado, mesmo com o dólar nas alturas.
Seja pelo preço ou pelas características técnicas, a Gladiator estará no topo do segmento, ainda que possa carregar apenas 725 quilos, enquanto modelos bem mais baratos levam até 1 tonelada na caçamba. Mas como trabalho e carregar peso são as últimas coisas que o dono de um veículo desses se preocupará, não será difícil para Jeep encontrar alguns abastados clientes para o modelo.
E, de qualquer forma, a montadora sabe que aqui, como em qualquer outro lugar do mundo, a Gladiator também será mais importante para a sustentação da imagem da marca do que como agregadora de significativo número de vendas.
A Jeep, diga-se, está muito bem no mundo – é a joia da coroa da FCA – e particularmente no Brasil. Os nacionais Renegade e Compass são, respectivamente, líder e vice-líder disparados do segmento de utilitários esportivos, com 68,7 mil e 60,4 mil unidades vendidas. Juntos, respondem por 21,5% do segundo maior segmento do mercado interno.
Somados os modelos importados, a Jeep atingiu 129,5 mil licenciamentos e 4,9% do mercado interno de automóveis e comerciais leves em 2019, seu recorde histórico.
Se considerados somente os carros de passeio, mercado no qual a marca está efetivamente presente, a penetração chegou a 5,7%, apenas dois pontos porcentuais a menos do que a Toyota, a sétima marca mais vendida e que, diferente da Jeep, dispõe de carros compactos. Ultrapassou a Honda! (AutoIndústria/George Guimarães)