Com programa de mobilidade, Nissan quer futuro com zero emissões

Canal Tech

 

Um dos slogans usados pela Nissan em sua iniciativa com veículos elétricos é também um repetido pelos executivos da marca quando falam sobre o assunto. A ideia de “inovação que empolga”, como aparece nos materiais de divulgação da marca, é a principal base da iniciativa Inteligent Mobility, que norteia os princípios do que a fabricante acredita ser o futuro da mobilidade, com novos padrões que já são uma realidade nas pistas de corrida e, em menos de dez anos, também uma constante nas ruas das grandes cidades do Brasil e do mundo.

 

O ideal é ambicioso. De acordo com a Nissan, o objetivo é unir inovação, tecnologia e performance para garantir um futuro com zero emissões de carbono e outros poluentes. O trabalho feito pela marca é coordenado e passa pela divulgação dos veículos eletrificados para o público em geral e, também, pela demonstração de performance pura e poder que uma categoria como a Fórmula E proporciona, pelas mãos de pilotos experientes, novatos promissores e circuitos desafiadores.

 

São diversos os pilares do Nissan Inteligent Mobility, iniciativa voltada para não apenas fomentar a utilização dos carros elétricos da marca e preservar o meio ambiente, mas também garantir sua integração ao cotidiano das pessoas. O primeiro, claro, é o desenvolvimento dos veículos em si, com o Leaf sendo o principal modelo atual. Na sequência, estão a participação na Fórmula E, como uma forma de demonstrar a performance desta tecnologia, e depois, a instalação de infraestrutura e o reaproveitamento de bateriais de forma a garantir uma continuidade sustentável.

 

O Chile, onde acontece a terceira etapa da competição, acaba servindo como a principal vitrine dessa empreitada para o restante da América Latina. Estamos falando de um país no qual a indústria automotiva não conta com a interferência do governo, como acontece no Brasil, o que levou a um mercado completamente fragmentado e aberto. São mais de 60 fabricantes presentes, sendo que cada uma das três maiores, grupo no qual a Nissan está localizada, não detém muito mais de 8% de market share cada.

 

“Quando você anda pelas ruas de Santiago, consegue ver carros elétricos em meio ao trânsito. O país é um exemplo importante do que queremos levar para o restante da América Latina”, explica Luis Alberto Pérez, diretor de marketing da Nissan para a região. E aproveitando a terceira etapa da Fórmula E, que aconteceu no último sábado (18) na capital chilena, a marca anunciou um investimento para criação de 1.500 pontos de recarga rápida, cobrindo o país com a infraestrutura necessária para o desenvolvimento da indústria.

 

O total se une a mais unidades, disponíveis nas concessionárias da Nissan, e também a iniciativas em andamento com fornecedoras de energia e universidades. A ideia, no final das contas, é garantir que o mercado se desenvolva e, também, sirva de protótipo para os vizinhos, incluindo o Brasil, onde os desafios são maiores e a regulação, também. A perspectiva para o nosso país é otimista, onde o principal carro da marca, o Leaf, já está disponível. Os brasileiros também estão no calendário dos oito novos veículos eletrificados que serão lançados pela montadora até 2023, incluindo um que será apresentado em novembro durante o Salão do Automóvel, em São Paulo (SP). (Canal Tech/Felipe Demartini)