O Estado de S. Paulo
A norte-americana AGCO, fabricante de máquinas e equipamentos agrícolas, planeja aumentar as vendas no Brasil em pelo menos 5% até o fim deste ano. “Os fundamentos são positivos. A safra é recorde, o produtor quer investir e os juros estão baixos”, diz Rodrigo Junqueira, vice-presidente de vendas da multinacional para a América do Sul. Os setores de grãos, cana-de-açúcar e pecuária devem puxar o faturamento em 2020, número que a companhia não divulga por país, apenas resultados globais. De olho na expansão do mercado, a AGCO, dona das marcas Valtra, Fendt e Massey Ferguson, recentemente reformulou o portfólio. Nos últimos três anos, foram lançados 250 produtos. “Iniciamos 2020 com a linha totalmente renovada e com alto grau de tecnologia”, afirma. » Reforço. Equipamentos que já são sucesso de venda também estão recebendo ajustes da montadora. É o caso da família de plantadeiras Momentum, com versões de 35 a 40 linhas. “Hoje, ela permite distribuir no campo apenas a semente. Para este ano, vamos agregar o plantio da semente com a colocação simultânea do fertilizante”, conta Junqueira à coluna.
Moeda de troca
A AGCO ainda pretende aumentar a receita com o incremento de operações de barter para café – mecanismo em que o agricultor paga a máquina com parte da produção. Recursos serão disponibilizados via Cédula de Crédito Rural (CPR), em parceria com tradings. “Prevemos migração de parte da demanda do Moderfrota”, diz o executivo sobre a principal linha do governo federal para aquisição de máquinas e cujos recursos devem terminar antes do fim do ano-safra, em junho. (O Estado de S. Paulo/Isadora Duarte e Leticia Pakul)