Jovem Pan/Agência EFE
Venda de caminhões registra alta de 33% em 2019. O segmento, que foi o mais atingido pela crise econômica brasileira, se recupera ao fechar o ano com o melhor resultado desde 2013.
Foram vendidas 101 mil unidades no ano passado, contra 76 mil em 2018. Porém, o recorde permanece em 2013 com o emplacamento de 154 mil caminhões.
O resultado de 2019 foi puxado pelo agronegócio, mas outros setores ganharam fôlego na economia e a expectativa é um 2020 ainda melhor. Desde 2013 o Brasil passou a contar obrigatoriamente com modelos habilitados no Proconve P7 – norma equivalente a Euro 5 – que garante as reduções de consumo e poluição.
O setor automotivo discute, nos países desenvolvidos, a substituição num médio prazo dos combustíveis fôsseis pela eletrificação em carros, ônibus e veículos de carga.
O vice-presidente da Anfavea, Marco Saltini, avalia como está o Brasil nesse processo. “Países desenvolvidos você já tem veículos sendo vendidos, apesar de serem números modestos. O Brasil tenta acompanhar esse início da eletro mobilidade. Em termos de atuação, estamos acompanhando o novo conceito.”
Se a questão das baterias é de difícil solução para os carros, num caminhão o problema é evidentemente ainda maior – como explica o presidente da Cummins Brasil, Luis Pasquotto.
“A eletrificação ainda tem um custo muito alto, da densidade de energia e isso faz com que as baterias sejam muito grandes. isso traz problema de peso na aplicação, que retira a carga útil, tira passageiro de um ônibus.”
O setor automotivo também comemora o bom resultado dos ônibus, com a venda 27 mil unidades, alta de 38 por cento sobre dois mil e dezoito. As soluções para a rodagem dos veículos passam pelo crescimento dos modelos híbridos, elétricos, movidos a gás e biocombustíveis. (Jovem Pan/Agência EFE/Marcelo Mattos)