AutoIndústria
O Honda City completa este mês, oficialmente, 10 anos de produção no Brasil. O sedã chega a uma década com cerca de 240 mil unidades produzidas, um número discreto, mesmo para o segmento. Discrição, aliás, que sempre caracterizou o próprio perfil do modelo e seu desempenho de vendas.
Em 2009, o City foi lançado no mercado brasileiro já em sua terceira geração mundial como sedã fabricado em Sumaré, SP, e desde então sempre esteve à sombra dos irmãos Fit e Civic no que se refere aos números de vendas no mercado interno. Mais recentemente, com o lançamento e ascensão do utilitário esportivo HR-V, o sedã passou a figurar apenas na quarta colocação entre os Honda mais vendidos.
Em 2018, foram emplacadas 14,9 mil unidades do City contra 48 mil do líder HR-V, 27,3 mil do Fit e quase 26 mil do Civic. O modelo apareceu na modesta 40ª posição no ranking dos automóveis mais licenciados.
Este ano, o quadro é muito semelhante. De janeiro a outubro, o City somou 12,6 mil unidades emplacadas, número novamente muito inferior ao do HR-V (39,6 mil) e quase a metade do registrado por Civic (22,6 mil) e Fit (21,4 mil).
Está muito pouco à frente do novato WR-V, versão aventureira do Fit lançada há pouco mais de dois anos e que esbarrou em 9,9 mil unidades vendidas nos dez primeiros meses de 2019. Já em 2018 o sedã acusou o golpe da concorrência interna e também de novidades de outras marcas e superou o WR-V por meras 100 unidades.
Esse desempenho recente é sinal de que a Honda não poderá protelar por muito tempo a produção local da nova geração do sedã que está chegando nos mercados asiáticos, como os da Índia e Tailândia, até o primeiro trimestre de 2020. Do contrário, correrá o risco de colher números sensivelmente mais modestos no ano que vem.
Isso também porque o City disputa, segundo critérios da Fenabrave, o segmento de sedãs compactos, que hoje relaciona outros cinco carros além do Honda, terceiro mais vendido até outubro.
O líder é o Volkswagen Virtus, com 39,6 mil unidades em dez meses., seguido do Toyota Yaris, com 24,1 mil. Outro concorrente é o Chevrolet Onix Plus, modelo que acaba de chegar ao mercado e que alcançou mais de 7,1 mil licenciamentos somente em outubro. O City em outubro? Quase um décimo disso: somente 824 unidades emplacadas. (AutoIndústria/George Guimarães)