54,4% dos fabricantes de veículos no Brasil são pequenas empresas

Novo Momento

 

O mercado automotivo brasileiro é formado por grandes corporações e pequenas empresas que fabricam e customizam veículos. Segundo o Empresômetro, empresa de Inteligência de mercado, em nosso país são apenas 178 empresas em atividades voltadas à fabricação de veículos, camionetas e utilitários.

 

Desse pequeno número de empresas, 54,4% são de pequeno porte, ou seja, aquelas que têm faturamento entre R$360 mil e R$4,8 milhões.

 

“É uma realidade em muitos países; pequenos construtores assumem a fabricação e personalização de veículos, algo que os maiores construtores deixam de lado, pois têm o perfil de produção em larga escala”, diz o CEO do Empresômetro, Otávio Amaral.

 

Em se tratando de plantas de fabricação e sedes, as regiões Sudeste e Sul somam quase 65% desse total de empresas, sendo que o estado de São Paulo foi escolhido por 49 delas, ou seja, quase 30% do total desses fabricantes nos últimos anos.

 

E, por falar em período, no ano de 2014 vários negócios iniciaram no setor. Foram exatamente dez; pode parecer pouco expressivo, mas pela complexidade da atividade e tamanho do investimento necessário, é um grande valor. Mas isso vem caindo com o passar dos anos, como se vê na tabela fornecida pelo Empresômetro.

 

“Tudo isso é reflexo da economia nacional e internacional, com a redução de crédito, juros altos e outras incertezas, há a diminuição da demanda por qualquer bem, mais ainda de veículos novos, além disso ainda há o fator internacional que, deixando de adquirir produtos do Brasil, influencia diretamente na produção desses fabricantes”, diz Amaral.

 

Por outro lado, vê-se que ainda existe uma certa demanda por carros personalizados ou customizados. São veículos de linha transformados pelos proprietários que gostariam de características ímpares em seus bólidos.

 

“Esses fabricantes também são atingidos diretamente por qualquer crise econômica, e são os primeiros a deixarem o mercado por não terem capital visando épocas de recessão, ao contrário de grandes montadoras”, esclarece o CEO.

 

Entre demissões, investimentos e dúvidas, há a esperança de que o setor apresente uma significativa melhora nos anos vindouros. “É com isso que grandes, médias e pequenas empresas estão contando, que o mercado interno e externo venha a melhorar, temos acompanhado o empenho de vários setores da sociedade para que os países voltem a apresentar crescimento em suas economias, por consequência que a população volte a consumir nos parâmetros vistos no começo dessa década”, conclui Amaral. (Novo Momento)