Nissan passa a adotar ferrovias para o transporte de peças

O Brasil Sobre Rodas

 

A Nissan passou a adotar o modal ferroviário como transporte preferencial de todas as peças importadas pela montadora e utilizadas na produção de seus veículos no Complexo Industrial de Resende, no Rio de Janeiro. Hoje, 68% de todo o deslocamento dessas peças já usa essa modalidade. A novidade implementada pela fabricante japonesa vem contribuindo para a diminuição das emissões de CO2 e do tráfego nas rodovias.

 

Semanalmente, contêineres chegam aos portos do Estado do Rio de Janeiro trazendo peças de diferentes países para serem usadas na fabricação dos modelos compactos Nissan March e Nissan Versa, além do crossover Nissan Kicks. Depois de desembarcarem, os itens – que antes eram levados de caminhões até a fábrica – agora são transportados por trens até um terminal multimodal em Itatiaia (RJ), de onde partem para a planta em caminhões, percorrendo um trecho rodoviário muito menor.

 

“Com a nova modalidade de transporte conseguimos reduzir em 47% as emissões de CO2, além de contribuir com a diminuição dos engarrafamentos nas estradas. A adoção de trens para o deslocamento das peças traz também redução de custos, mais segurança para a carga, e melhor rastreabilidade em seu caminho até a planta. É ainda uma alternativa para o transporte quando imprevistos, como acidentes, impedirem a utilização de rodovias”, explica Cleiton Lima, gerente de Logística de Peças Importadas da Nissan.

 

O Complexo Industrial da Nissan em Resende, que completou cinco anos de operação em 2019, já recebeu mais de R$ 2,6 bilhões de investimento e conta com um ciclo completo de produção. As atividades na unidade vão desde a área de estamparia até as pistas de testes, passando pela chaparia, pintura, injeção de plásticos, montagem e inspeção de qualidade, além da fábrica de motores.

 

A unidade do sul-fluminense é pioneira na utilização de tecnologia a favor da sociedade. A fábrica conta com 97 robôs e 167 AGV’s (Automatic Guided Vehicles), veículos guiados automaticamente, responsáveis por otimizar o tempo de produção, facilitando o processo e o transporte dos carros na linha. (O Brasil Sobre Rodas)