Comissão aprova suspensão de novas regras para CNH

Frota & Cia

 

A Comissão de Viação e Transportes aprovou proposta que anula os efeitos da Resolução 718/17 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Com isso, seria anulada a proposta que prevê algumas mudanças na produção e expedição da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). De acordo com a resolução as novas normas seriam obrigatórias a partir de 2022.

 

Entre as mudanças previstas está a substituição do papel-moeda por plástico – similar a um cartão de crédito –, que teria mais recursos antifraude, reunindo dados cadastrais do motorista tanto na parte impressa quanto na memória digital. Além disso, esses dados poderão ser lidos por aplicativos de celular.

 

A resolução também simplificaria o processo de emissão da carteira. De acordo com o texto, os motoristas terão que fazer exames médicos a cada cinco anos, sem que seja necessário pagar taxa, apresentar documentação e tirar outra foto no Detran para receber a nova CNH. Com isso, o motorista deverá economizar, a cada cinco anos, o valor da taxa de emissão e de entrega do documento.

 

O relator, deputado Sanderson (PSL-RS), defendeu a anulação da resolução, argumentando que a medida causaria transtornos aos Detrans.

 

“O Brasil é um País de grandes desigualdades, e medidas de âmbito nacional, como essa, geralmente não são adequadas para todos. Certamente os departamentos de trânsito dos estados das regiões Norte e Nordeste terão mais dificuldades operacionais para implantar o novo modelo de CNH do que aqueles das demais regiões”, sustentou.

 

Segundo o relator, o custo para fabricação do novo modelo será maior que o atual. Logo, os órgãos de trânsito repassarão o custo aos condutores, onerando ainda mais o orçamento familiar, sobretudo das famílias de baixa renda. “Esta Casa tem o dever de zelar pelos direitos dos cidadãos brasileiros e atuar como freio contra exorbitâncias do Poder Executivo”, finalizou. (Frota & Cia/André Garcia)