Com Etanol e diesel crescendo, aumenta venda de combustíveis

Frota & Cia

 

De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), a venda de combustíveis no Brasil está em alta. Ao todo, foram comercializados 92 bilhões de litros nos primeiros oito meses do ano. O que significa um crescimento de 3,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

 

Ainda segundo o levantamento da agência, quem puxa a fila de todo o consumo nacional é o diesel. O produto acumulou até agosto 3,7 bilhões de litros vendidos no ano, 3,4% maior que no mesmo mês ano passado.

 

Se considerarmos somente o mês de agosto, as vendas de diesel somaram 5,28 bilhões de litros, avanço de 1,6% ante o período de 2018.

 

O aumento nas vendas de diesel, combustível que foi impactado pela greve dos caminhoneiros em 2018, ajuda a compensar em 2019 a queda registrada na comercialização da gasolina. Em 2019, a gasolina acumula baixa de 3,7%, com pouco menos de 25 bilhões de litros vendidos.

 

Etanol

 

Outro combustível que contribuiu para o avanço total e compensou o recuo da gasolina, foi o etanol. Atualmente, o etanol hidratado é quem possui a maior elevação percentual de consumo no período, com 14,5 bilhões de litros vendidos em 2019, alta de 25,8% na comparação anual, segundo a ANP.

 

A forte demanda pelo produto, mais competitivo que a gasolina em várias regiões, leva as usinas de cana a favorecerem o biocombustível no chamado “mix” de produção, que tem privilegiado o etanol em detrimento do açúcar.

 

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De acordo com nota da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), o ciclo Otto é fundamental para o crescimento. “Esse crescimento reflete positivamente na participação do biocombustível na matriz de combustíveis do ciclo Otto, que atinge 48,1%”. O ciclo Otto é constituído pela frota de veículos de passeio e carga leve.

 

Considerando apenas agosto, o avanço na comercialização do etanol foi mais tímido, de 2,48%, para 1,86 bilhão de litros. No entanto, a tendência de enfraquecimento pode permanecer em setembro. Já com uma retração de 7,9% verificada nas vendas pelas usinas na primeira quinzena do mês, segundo dados preliminares. (Frota & Cia/André Silva)