Jovem Pan
O governo Bolsonaro lançou na última sexta-feira, 20/9, um novo programa de investimentos para inovação no setor automotivo com estimativa de R$ 200 milhões por ano.
Os recursos serão arrecadados por meio de desoneração fiscal para montadoras, previsto pelo programa Rota 2030. As fabricantes de veículos deixarão de pagar ao governo uma alíquota de 2% em impostos sobre importação de peças sem equivalente no Brasil.
Esse valor será direcionado para um fundo de tecnologia gerido por um conselho, com representantes da indústria e da academia.
Cinco entidades vão selecionar projetos de inovação tecnológica e repassar os recursos para universidades, start ups e empresas. Entre elas, estão o BNDES, o SENAI, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa de Minas Gerais, (Fundep).
O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, do Ministério da Economia, Carlos da Costa, afirma que essa foi a solução encontrada para que o dinheiro não entrasse no orçamento do governo e não fosse contingenciado.
“Nós precisamos de soluções que não passem pelo governo porque o governo está muito grande no Brasil. O não contingenciado é fato dele não estar submetido ao teto de gastos e, portanto, não precisa ser contingenciado”, declarou.
O programa Rota 2030 prevê a criação de novas tecnologias para a indústria automotiva em um prazo de dez anos. Para isso o setor traçou um cronograma de metas para a aplicação dessas tecnologias em novos veículos, com os primeiros resultados previstos para 2022. Serão carros com mais eficiência energética, novos itens de segurança e menor emissão de gases poluentes.
O Rota 2030 foi lançado no final do governo Michel Temer, mas a destinação de recursos provenientes das isenções de impostos ainda não havia sido determinada. A estimativa é que sejam feitos investimentos cerca de R$ 1 bilhão até o fim o programa. (Jovem Pan/Victoria Abel)