Estradão
A Volvo terá na Fenatran 2019, de 14 a 18 de outubro, no São Paulo Expo, atração a parte das eventuais ferramentas dedicadas ao transporte de carga. A montadora trouxe para o Brasil, o The Iron Knight, modelo desenvolvido com único propósito de desempenho e garantir o título de mais rápido do mundo.
O exemplar é único e detém dois recordes mundiais homologados pela FIA, Federação Internacional de Automobilismo. Em 2016, em duas passagens (ida e volta) em longa reta da pista de Västeras, na Suécia, o piloto Boije Ovebrink, levou o caminhão de 0 a 500 metros, em 13,673 segundos, e de 0 a 1000 m, em 21,142 segundos, atingindo velocidade máxima de 276 km/h. Os recordes anteriores também são da Volvo com Ovebrink ao volante, com o Wild Viking, em 2007, e com o híbrido Mean Green, em 2010.
Além de desempenho, o The Iron Knight é projeto de demonstração da resistência do conjunto de trem de força da Volvo. “O modelo carrega a mesma caixa de transmissão I-Shift dos caminhões comerciais e o motor tem os mesmos componentes internos. As diferenças estão na preparação e na construção do modelo, com o conjunto mecânico atrás da cabine”, conta Alcides Cavalcanti, diretor comercial da fabricante de Curitiba (PR).
O resultado proporcionou especificações técnicas superlativas. O conjunto mecânico desenvolve 2.400 cv e torque de 6.000 Nm (611,8 kgfm) e, embora pese 4,5 toneladas, faz de 0 a 100 km/h em 4,6 segundos. Para entregar tanta potência e força, o motor convencional de 13 litros, além de software reprogramado, recebeu quatro turbos compressores, duas entradas de ar com filtros mais abertos e três intercoolers refrigerados a água. Completa o trem de força de marcha automatizada I-Shift com dupla embreagem e disco de embreagem reforçado.
A cabine também ganhou mais eficiência aerodinâmica com grandes tomadas laterais de ar e o chassi reforços estruturais. O caminhão ainda é calçado com pneus Goodyear 315/70R22, na dianteira, e 495/ 45R22.5, no eixo de tração. “Os pneus têm a mesma carcaça dos produtos de produção regular. Diferenciam-se somente pelo desenho na banda de rodagem, pelos compostos usados e pelos ombros mais quadrados para ajudar na dirigibilidade”, diz Eduardo Gualberto, diretor da unidade de pneus comerciais da companhia no Brasil. (Estradão)