AutoIndústria
Em evento realizado na manhã da última sexta-feira, na sede da Anfavea, na capital paulista, foram divulgados os nomes das cinco instituições eleitas para receber recursos gerados a partir do Rota 2030 para pesquisa e desenvolvimento. O fundo para P&D já acumula R$ 90 milhões, que serão distribuídos entre as escolhidas para encaminhar os programas prioritários do setor automotivo.
As instituições eleitas foram o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), Fundep (Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa) e Finep (Financiadora de Inovação e Pesquisa).
Representantes de todas elas prestigiaram a cerimônia de assinatura de adesão ao programa, que teve a participação do secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia, Carlos da Costa, do presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes e do presidente do Sindipeças, Dan Iochpe.
O presidente da Anfavea lembrou que o objetivo é atingir R$ 1 bilhão em recursos para P&D em cinco anos, destacando que a meta do Rota 2020 é enquadrar a indústria brasileira em padrões internacionais. Moraes acredita que a definição das instituições que vão encaminhar os projetos de P&D pode acelerar o processo de adesão de empresas ao Rota 2030 – atualmente são 45 já homologadas.
Desde março, montadoras e sistemistas estão depositando os recursos para P&D definidos no Rota 2030. A meta é chegar a R$ 200 milhões até o final do ano, totalizando R$ 1 bilhão nos cinco anos em que as instituições eleitas desenvolverão os projetos prioritários.
Os recursos são provenientes do regime conhecido como ex-tarifário autopeças, que estabelece o pagamento de Imposto de Importação de 2% para peças não fabricadas localmente. Com o Rota 2030, ficou estabelecido que esses 2% deixam de ser recolhidos como imposto e passam a ser destinados ao fundo de P&D, que contempla projetos da cadeia automotiva como um todo e será gerenciado por um Conselho Gestor.
Os chamados PPPS, projetos de propostas prioritárias foram enquadrados em cinco linhas de atuação: incremento da produtividade na cadeia de fornecedores; automatização de processos, conectividade e manufatura avançada; aumento de investimento em PD&I; fortalecimento da cadeia de ferramental e moldes; e estímulo à produção de novas tecnologias relacionadas a biocombustíveis, segurança e propulsor à combustão. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)