Frota & Cia
Depois de uma alta de quase 20% no preço do petróleo, em razão aos ataques à Arabia Saudita, a Petrobras informou que deve segurar o preço dos combustíveis, pelo menos a curto prazo. O atentado de sábado interrompeu a produção de 5,7 milhões de barris de petróleo, 50% da produção saudita.
Segundo Décio Oddone, diretor-geral da ANP, através do seu Twiiter, o atentado causa muita preocupação. Ele chegou a classificar o incidente como “uma espécie de 11 de setembro”, lembrando o ataque às torres gêmeas americanas.
De acordo com o presidente, Jair Bolsonaro, através de uma ligação para Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras, ele obteve a informação de que os preços não devem subir imediatamente. “Conversei com o presidente da Petrobras, disse que, como é algo atípico não deve mexer no preço do combustível.”
Dessa forma, a ideia da estatal é avaliar o comportamento do preço do petróleo nos próximos dias. Então, somente após essa análise, tomar qualquer decisão sobre alterações nos preços.
No entanto, analistas estão preocupados com os próximos passos a serem dados pela estatal. Isso porque, vale lembrar, que a Petrobras já sofreu muitas críticas por parte de investidores, quando, no começo do ano, por interferência do Governo deixou de subir o preço do combustível.
De acordo com Luís Sales, analista da Guide Investimentos, o momento é crucial. “Se essa alta (do petróleo) não for repassada, por causa da pressão dos caminhoneiros, a imagem da Petrobras pode ser afetada. Ou seja, a governança da petroleira está em jogo”. (Frota & Cia/André Silva)