Correio Popular/Agência AFP
Milhares de funcionários da General Motors iniciaram, nesta segunda-feira, uma greve, em meio às negociações para um novo acordo coletivo.
A produção de automóveis ficou completamente parada nos Estados Unidos, disse à AFP Brian Rothenberg, porta-voz do UAW, poderoso sindicato do setor automotivo, que convocou a primeira greve desde 2007.
“Estamos em greve desde meia-noite”, disse Rothenberg.
Cerca de 46 mil funcionários das 31 fábricas da GM, a maior fabricante de automóveis dos Estados Unidos, suspenderam os trabalhos. O movimento é acompanhado de perto pelos políticos a um ano da campanha eleitoral na qual o emprego será um dos temas em discussões.
Rothenberg indicou que o diálogo entre GM e UAW se mantém.
Ambas as partes discutem desde julho um novo contrato de trabalho para os próximos anos. Esse contrato deverá substituir o que expirou no sábado e servirá de base para os que devem ser negociados na Ford e na Fiat Chrysler.
As tratativas na GM estão em ponto morto. “Acordamos apenas 2% das disposições do novo contrato e ainda resta chegar a um consenso sobre os 98%, disse Rothenberg.
Os dois lados discordam especialmente acerta de salários, plano de saúde, estatuto de funcionários temporários e segurança do emprego.
“Apresentamos uma oferta sólida para melhorar os salários e lucros e aumentar os empregos americanos de forma substancial”, disse à AFP um porta-voz da GM. “Negociamos de boa-fé”, acrescentou. (Correio Popular/Agência AFP)